Hoje apetece-me celebrar a vida, pregar aos quatro ventos, gritar que a vida � bela. Sinto-me livre, talvez livre de mim� dos pensamentos que me amarram, das dores que me limitam. Para l� do horizonte dessas sensa��es mundanas h� um c�u e, hoje ofereceram-me um pedacinho desse c�u. Mas � dif�cil de aceitar, esse c�u, porque as amarras que nos prendem ao mundo pr�-fabricado mesmo ainda antes da nossa pr�pria exist�ncia est�o enraizadas na mente� na dos outros mas tamb�m na minha. E � a mente que me relembra das amarras e das dores. J� n�o sei se devo celebrar a vida, se � sensato aceitar esse bocadinho de c�u que me ofereceram. E eu sou uma pessoa sensata. Sou mesmo!
Mas que tem a sensatez a ver com a minha vontade de celebrar a vida? N�o tenho uma vida inteira, eu sei, tenho um corpo ausente que parece conceber-me o estatuto de ser inanimado incondicionalmente. E tamb�m tenho uma alma, uma alma que sonha, que projecta e realiza. Uma alma que se sente plena quando lhe oferecem pedacinhos de c�u!
Mas que tem a sensatez a ver com a minha vontade de celebrar a vida? N�o tenho uma vida inteira, eu sei, tenho um corpo ausente que parece conceber-me o estatuto de ser inanimado incondicionalmente. E tamb�m tenho uma alma, uma alma que sonha, que projecta e realiza. Uma alma que se sente plena quando lhe oferecem pedacinhos de c�u!
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