
Falando de Amor (soneto duplo)
� in�til querer fingir que n�o te amo� t�o f�til como um fr�gil desenganoAto malcontente dum amor profundoEstranho desatino a complexar o mundo
Bem que eu poderia, qual um moribundoNos f�nebres lamentos, �ltimos segundosEsquecer-me de ti, de tuas fei��es primorN�o lembrar-me mais de meu imenso amor
Assim n�o quer a vida, a paix�o tem pre�oO triste pagamento, � tudo que mere�oA dor da saudade, � minha companheira
O tempo implac�vel, traga-me a ilus�oComo a devorar-me a alma e o cora��oTu, foste o sonho, que sonhei a vida inteiraII
Fogem-me os sentidos, em busca de espa�oNoite e dia, vejo em voc�, meu fracassoA cada dia que nasce, renovo a esperan�aMas tu n�o retornas, tua aus�ncia cansa
A cada manh�, desabrocha o meu sonhoDevastado pela solid�o, vivo tristonhoCruel solid�o, que aporta este mundoAnsiedades, angustias, s�o panos de fundo
Inesquec�vel lembran�a, profundo amorImenso vazio, tristeza, afli��o e dorS� um conto de fadas, dar� outro rumo
Navegando meus sonhos em tuas fantasias Voltarei a sorrir, e a viver harmoniasTernura infinita, contigo, me aprumo










