Olho a montanha que se perde
Para l� do horizonte long�nquo
Lembro o prado vasto e verde
Agora: � seco, triste, perdido.
Olho o horizonte
Que se perde no meu olhar
O sol se perdeu num dia triste
Os vales choram, teimam em ficar
Serenos: folhas secas ,ch�o! n�o existe.
Olho o horizonte
Onde o p�o nascia abundante
Onde a vinha crescia na terra
O sol nascia brilhante
As flores nasciam at� na serra.
Olho o horizonte que se perde no meu olhar
Muito para l� do infinito...
Olho o horizonte
Ou�o o pranto dos vales que silenciam
O bafo dos dinossauros vivos na terra
Que apazigua a dor das aves que criam
Os filhotes e sobrevivem na primavera
Olho o horizonte
H� gente sem cara, sem ch�o
Apenas peda�os de palavras
Mastigadas numa c�dea de p�o
Subir escadas! cordas de n�s atadas.
Olho o horizonte
Onde se perde o modo de amar
Pede-se licen�a para viver
Desajustes! formas de estar
Como viver - como crescer?
Ah! infinito que te perdes
Para l� do vale perdido
De que forma, com que redes
Se pesca o peixe num rio?
Olho o horizonte
Vejo p�ssaros sem asas ca�dos
Vejo rostos feridos na terra
Dinossauros soberbos distra�dos
N�o h� sol. N�o h� luz na Primavera.
Escrito por: Angelina Alves