ROM�NTICOS
Houve um tempo em que os poetas,
Ardiam de amor.
Catavam silenciosos, rimas,
Deliravam em febre e iam solit�rios,
Tudo em nome de qualquer amor.
Alguns escreviam deitados, e tomavam ch�
De hora em hora, enquanto a amada chora,
Por desespero, por n�o amar,
Por n�o deixar-se amar.
A repulsiva sorte do pobre, a morte,
Ironicamente os inspiravam a falar de sorte.
Houve um tempo, tempo de del�rios,
Dos mo�os, das tabernas infiltradas,
Das chuvas em morma�os,
De uma dor devastadora, que do�a,
Uma dor que n�o suplantava
As m�goas do poeta em n�o ser amado.
Ser� que estar por vir esse mandamento,
Em que a poesia pede esse andamento,
Em vez de externar sua beleza, pureza,
Fica nas tranqueiras, no mal pensamento,
Viver s� com a morte ao lado,
Morrer com a amada distante
Com a cama repleta de pap�is cruzados,
De obras rimadas, de um corpo finado.
naenorocha