Ver-te, assim, a olhar o horizonte
Com doces olhos de mel contornados pelo mar...
Faz-me querer ser, de onde bebes, a fonte,
A areia, o mar, que esperam sem cansar...

Sentir-te, assim, a falta na tua presenï¿½a,
O toque sem desavenï¿½a, sensï¿½vel, das mï¿½os vividas
Faz-me querer ser, de qualquer dia, o Sol sem crenï¿½a,
Que abraï¿½as, e queima, e arde, e consome vidas...

Cheirar-te, assim, de tï¿½o perto inatingï¿½vel
Alucina-me, esvazia-me, tira-me os sentidos,
Todos eles, acabados, desencontrados, perdidos...

Querer-te, assim, sem razï¿½o, perdidamente,
Devolve-me todos os sentidos numa danï¿½a inerte
De desejo sï¿½bito, de incontrolï¿½vel vontade de querer-te...