Fim de tarde...
Infinitamente tarde.
Que fa�o do amor
que n�o se finda
com a tarde...
Como a tarde.
Dos sonhos que n�o se acabam
embrenhados na tarde que se vai,
sem alarde.
Sem piedade, sem aviso, ela sai
e a nostalgia que fere, cai.
Como fino punhal
trazendo o final.
Por toda parte
o amor invade...
Sem saber que j� � tarde,
sem saber o quanto arde
quando � infinitamente tarde.
E a tarde finita e fria
se alastra pela noite
sem sonhos, sem poesia
e acaba vazia.
E pelos cantos o amor se anuncia
pensando que ainda � cedo,
que ainda � dia...
que ainda cabe no curto espa�o de tempo,
que cabe � tarde
que se finda,
levando toda magia...
Carmen L�cia