Menina-mo�a, tentaram me fazer acreditar que o amor n�o existe e que sonhos est�o fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buqu� de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi com a Dona Chica, que a vida, apesar de bruta, � meio m�gica. D� sempre pra tirar um coelho da cartola. E l� vou eu, nas minhas tentativas, �s vezes meio cegas, �s vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a pr�xima etapa ser� o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que n�o d� � pra ficar parado.
Se amanh� o que eu sonhei n�o for bem aquilo, eu tiro um arco-�ris da cartola. E refa�o. Colo. Pinto e bordo. Porque a for�a de dentro � maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contr�rios. � maior porque � do bem. E nisso, sim, acredito at� o fim. O destino da felicidade, me foi tra�ado no ber�o. Disse meu pai um certo dia.