Pe�o-te. N�o pises as violetas
que trago no olhar.
Falemos dos brilhos estilha�ados
desta casa s�bita que � o teu corpo
devoluto. A noite devora as palavras poss�veis,
o sofrimento que pulsa em tua boca
e torna a minha boca vulner�vel.
O amor � um nada que a liberta, uma luz
que desce dos ombros para o ventre
e fecunda as sementes da tua virgindade,
essa que faz agora parte de uma dor quase
amig�vel, na lividez do tempo,
e que entregas em minhas m�os, beijando-as,
tornando-te parte dos meus versos, da
minha forma mais profunda de gostar
de ti.
Amar-te, � escrever-te.
Amar-te � deixar que me toques at� ser teu,
at� que te deites no meu corpo e adorme�as
inteira dentro de mim.
Pe�o-te. N�o pises as violetas
que trago no olhar. Cheiram a ti. S�o para ti.
Um "bouquet" de palavras que floriram
neste tempo de amor.
� PAVEL GUZENKO Painting
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