Estou
fantasiada
de
mim mesmo,
eu
mere�o,
escolhi
o brilho, a serpentina
e
o perfume proibido
das
palavras sacrificadas
pela
ditadura do sil�ncio;
nos
bra�os, como adere�o,
pendurei
o protesto dos abra�os
que
nunca foram dados a esmo,
porque
a vida censurou!
Na
cabe�a, fixei o esplendor
dos
pensamentos
que
valeram a pena arquivar,
os
outros,
aqueles
que me fizeram sofrer
todo
tipo de mal,
foram
sapateados pelo bloco
do
meu eu vencedor
no
�ltimo carnaval.
Ivone
Boechat