� Carlos Drummond de Andrade
(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu �spero sil�ncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
drag�o partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de lo��o
e abafa
o insuport�vel mau cheiro da mem�ria.
(Res�duo)
� Carlos Drummond de Andrade
BIOGRAFIA:
POETA:
Carlos Drummond de Andrade
em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma fam�lia de fazendeiros em decad�ncia, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesu�tas no Col�gio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordina��o mental". De novo em Belo Horizonte, come�ou a carreira de escritor como colaborador do Di�rio de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.
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