Castro Alves "Poeta dos Escravos"
Sua m�e faleceu em 1859.
No col�gio, estimulado no lar por seu pai, iria encontrar uma atmosfera liter�ria, produzida pelos oiteiros, ou saraus, festas de arte, m�sica, poesia, declama��o de versos.
Aos 13 anos fez os primeiros versos. No dia 9 de setembro de 1860 teria recitado os primeiros versos em festa no Gin�sio Baiano.
O pai se casou por segunda vez em 24 de janeiro de 1862 com a vi�va Maria Ramos Guimar�es.
No dia seguinte ao do casamento, o poeta e seu irm�o Jos� Ant�nio partiram para Recife, enquanto o pai se mudava para o solar do Sodr�.
Em mar�o, submeteu-se � prova de admiss�o para o ingresso na Faculdade de Direito do Recife sendo reprovado. Mas seria em Recife tribuno e poeta sempre requisitado nas sess�es p�blicas da Faculdade, nas sociedades estudantis, na plat�ia dos teatros, incitado desde logo pelos aplausos e ova��es, que come�ara a receber, e ia num crescendo de apoteose. Era um belo rapaz, de porte esbelto, tez p�lida, grandes olhos vivos, negra e basta cabeleira, voz possante, dons e maneiras que impressionavam a multid�o, impondo-se � admira��o dos homens e arrebatando paix�es �s mulheres. Ocorrem ent�o os primeiros romances, que nos fez sentir em seus versos, os mais belos poemas l�ricos do Brasil.
Em 1863 a atriz portuguesa Eug�nia C�mara se apresentou no Teatro Santa Isabel.
Influ�ncia decisiva em sua vida exerceria a atriz, vinda ao Brasil com Furtado Coelho.
No dia 17 de maio, Castro Alves publicou no primeiro n�mero de �A Primavera� seu primeiro poema contra a escravid�o: �A can��o do africano�.
A tuberculose se manifestou e em 1863 teve uma primeira hemoptise.
Em 1864 seu irm�o Jos� Ant�nio se suicidou em Curralinho. Ele enfim consegue matricular-se na Faculdade de Direito do Recife e em outubro viaja para a Bahia.
S� retornaria ao Recife em 18 de mar�o de 1865, acompanhado por Fagundes Varela.
A 10 de agosto, recitou �O S�culo� na Faculdade de Direito e se ligou a uma mo�a desconhecida, Idalina. Alistou-se a 19 de agosto no Batalh�o Acad�mico de Volunt�rios para a Guerra do Paraguai.
Em 16 de dezembro, voltou com Fagundes Varela a Salvador. Seu pai morreu no ano seguinte, a 23 de janeiro de 1866.
Castro Alves voltou ao Recife, matriculando-se no segundo ano da faculdade.
Nessa ocasi�o, fundou com Rui Barbosa e outros amigos uma sociedade abolicionista.
Em 1866 se tornou amante de Eug�nia C�mara.
Teve fase de intensa produ��o liter�ria e a do seu apostolado por duas grandes causas: uma, social e moral, a da aboli��o da escravatura; outra, a rep�blica, aspira��o pol�tica dos liberais mais exaltados.
Data de 1866 o t�rmino de seu drama �Gonzaga ou a Revolu��o de Minas�, representado na Bahia e depois em S�o Paulo, no qual conseguiu consagrar as duas grandes causas de sua voca��o.
No dia 29 de maio, resolveu partir para Salvador, acompanhado de Eug�nia. Na estr�ia de �Gonzaga�, dia 7 de setembro, no Teatro S�o Jo�o, foi coroado e conduzido em triunfo.
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