Castro Alves "Poeta dos Escravos"
No Rio e em S�o Paulo
Em janeiro de 1868, embarcou com Eug�nia C�mara para o Rio, sendo recebido por Jos� de Alencar e visitado por Machado de Assis.
A imprensa publica troca de cartas entre ambos, com grandes elogios ao poeta.
Em mar�o, viajou com Eug�nia para S�o Paulo.
Decidira ali - na Faculdade de Direito de S�o Paulo - continuar seus estudos, e se matriculou no 3� ano do curso de Direito.
Continuou principalmente a produ��o intensa dos seus poemas l�ricos e her�icos, publicados nos jornais ou recitados nas festas liter�rias, que produziam a maior e mais ruidosa impress�o; tinha 21 anos, e uma nomeada incompar�vel na sua gera��o, que deu entretanto os mais formosos talentos e capacidades liter�rias e pol�ticas do Brasil; basta lembrar os nomes de Fagundes Varela, Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco, Afonso Pena, Rodrigues Alves, Bias Fortes, Martim Cabral, Salvador de Mendon�a...e tantos outros, que lhe assistiram aos triunfos e n�o lhe disputaram a primazia.
� que ele, na linguagem divina que � a poesia, lhes dizia "a magnific�ncia de versos que at� ent�o ningu�m dissera, numa voz que nunca se ouvira", como disse Const�ncio Alves. Possu�a uma voz dessas que "fazem pensar no glorioso arauto de Agamenon, imortalizado por Homero, Taltibios, semelhante aos deuses pela voz...", como disse Rui Barbosa.
Pregava o advento de uma "era nova", segundo Euclides da Cunha.
A 7 de setembro de 1868, fez a apresenta��o p�blica de �Trag�dia no mar�, que depois ganharia o nome de �O navio negreiro�.
No dia 25 de outubro, foi reapresentada sua pe�a �Gonzaga� no Teatro S�o Jos�.
Desfaz-se em 1868 sua liga��o com Eug�nia C�mara. Castro Alves foi aprovado nos exames da faculdade de Direito e a 11 de novembro - trag�dia de grandes consequ�ncias - se feriu no p�, durante uma ca�ada. Tuberculoso, aventara uma estadia na cidade de Caetit�, onde moravam seus tios e morrera o av� materno (o Major Silva Castro, her�i da Independ�ncia da Bahia), dois grandes amigos (Otaviano Xavier Cotrim e Pl�nio de Lima), de clima salutar. Na fazenda paterna, resolveu realizar uma ca�ada e feriu o p� com um tiro.
Disso resultou longa enfermidade, cirurgias, chegando ao Rio no come�o de 1869, para salvar a vida, mas com o mart�rio de uma amputa��o.
Em mar�o de 1869, matriculou-se no quarto ano do curso jur�dico, mas a 20 de maio, tendo piorado seu estado, decidiu viajar para o Rio de Janeiro, onde seu p� foi amputado em junho.
No dia 31 de outubro, assistiu a uma representa��o de Eug�nia C�mara, no Teatro F�nix Dram�tica. Ali a viu por �ltima vez, pois a 25 de novembro decidiu partir para Salvador. Mutilado, estava obrigado a procurar o consolo da fam�lia e os bons ares do sert�o.
O retorno � Bahia:
Em fevereiro de 1870 seguiu para Curralinho para melhorar a tuberculose que se agravara, viveu na fazenda Santa Isabel, em Itaberaba. Em setembro, voltou para Salvador.
Ainda leria, em outubro, �A cachoeira de Paulo Afonso� para um grupo de amigos, e lan�ou �Espumas flutuantes�. Mas pouco durou.
Sua �ltima apari��o em p�bico foi em 10 de fevereiro de 1871 numa r�cita beneficente.
Morreu �s tr�s e meia da tarde, no solar da fam�lia no Sodr�, Salvador, Bahia, em 6 de Julho de 1871.
Seus escritos p�stumos incluem apenas um volume de versos: A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os Escravos (1883) e, mais tarde, Hinos do Equador (1921).
� um dos patronos da Academia Brasileira de Letras.
� wikipedia.org/wiki/Castro_Alves