Como Quisesse Livre Ser
� Olavo Bilac
Como quisesse livre ser, deixando
As paragens natais, espa�o em fora,
A ave, ao bafejo t�pido da aurora,
Abriu as asas e partiu cantando.
Estranhos climas, longes c�us, cortando
Nuvens e nuvens, percorreu: e, agora
Que morre o sol, suspende o v�o, e chora,
E chora, a vida antiga recordando ...
E logo, o olhar volvendo compungido
Atr�s, volta saudosa do carinho,
Do calor da primeira habita��o...
Assim por largo tempo andei perdido:
� Ali! que alegria ver de novo o ninho,
Ver-te, e beijar-te a pequenina m�o!
� Olavo Bilac
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