Da minha janela...
Olho a velha �rvore,
percebo folhas a cair,
outono, inverno a seguir.
O vento arranca dos galhos,
o amarelo ouro surgido,
desnudos,bot�es a espera,
desejo nada escondido,
do contemplar azul do c�u,
como se fora primavera.
Murm�rio de ondas,
lembran�as vivas,vento,mar,
nada consegue apagar,
esse meu amar que me amarra,
para viver, como vivo,
a tra�ar caminhos na marra.
Escreveste um poema,
trama intrincada,marcada.
Deixado na gaveta, sem pena.
Ainda sou a selvagem,
aquela feiticeira,
que te ama com voragem.
Carrego nos olhos,
a cor que te fascina,
o sorrir, que tanto te ilumina.
Espero calma, com alma,
na loucura improvisada,
a libertar p�ssaros de sonhos,
o perfume das flores,
que se abrir�o no meu jardim!
� Ana Maria Marya
23/03/2008
Ita/Ba/Brasil
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