A F�
"Como a descren�a era preeminente do pecado do primeiro Ad�o assim tamb�m a f� � preeminente da reden��o pelo segundo Ad�o. A f� � interligada com cada a��o e condi��o da salva��o. � pela f� que os homens entram numa uni�o vital com Cristo, pela f� que s�o justificados, pela f� que adoram corretamente, pela f� vive o crist�o, pela f� que a sua santifica��o progride e, pela f� ser o meio de vencer o mundo e de ter a esperan�a no futuro, ela � o meio pelo qual o Crist�o torna mais e mais identificado com Cristo no seu reino espiritual agora e no porvir " .
A f� � cren�a e confian�a. � cren�a pois cr� em fatos e em declara��es ou a sinceridade de uma pessoa. � confian�a pois confia na veracidade do fato, da declara��o ou da pessoa. A cren�a est� num fato, numa declara��o ou numa pessoa, mas, a confian�a evidencia-se em tomar digno aquele fato, declara��o ou pessoa como base das a��es. O fruto do Esp�rito Santo que � a f� faz que cremos em Deus por Cristo e confiamos na sua palavra ao ponto que obedecemos ela.
Como tudo o que se diz evang�lico n�o � da verdade, tamb�m toda e qualquer f� n�o � a verdadeira. Existem imita��es da f� verdadeira. Existe muita f� falsa. H� os que t�m a sua f� em esp�ritos, em idolatria, em filosofias, em sinais, em emo��es, em coincid�ncias, na astrologia, etc. A f� verdadeira por�m � dom de Deus (Ef�s. 2:8,9), pelo Esp�rito Santo (Gal. 5:22) e � �nica (Ef�s. 4:5). As imita��es da f� verdadeira incluem a f� hist�rica, a f� intelectual, a f� impl�cita , e a f� tempor�ria. Para melhorar nosso entendimento desse fruto do Esp�rito Santo queremos examinar um pouquinho as imita��es da f� verdadeira.
A f� hist�rica � uma simples cren�a que existiu um homem chamado Cristo no passado. Os dem�nios cr�em em Deus, sabem que ele existiu e existe, mas esta cren�a n�o � salvadora (Tiago 2:19) pois n�o tem confian�a nos fatos. Em Atos 8:13-24 temos o caso de Sim�o, o m�gico. Ele creu e foi batizado, mas, com tempo, revelou que n�o tinha "parte nem sorte nesta palavra" pois o seu cora��o n�o era reto diante de Deus. O mesmo pode ser dito der Judas. Um soldado presente na hora da crucifica��o de Cristo foi empolgado pelos fatos hist�ricos e declarou: "que verdadeiramente este era Filho de Deus" (Mat. 27:54). Esta poderia ser uma declara��o baseada somente na f� hist�rica. H� muitos hoje tamb�m que aceitem Cristo como uma pessoa boa na hist�ria mas devemos entender que este tipo de f� n�o tem valor salvador.
A f� intelectual � parecida com a f� hist�rica e com a f� verdadeira. A f� intelectual reconhece que os fatos b�blicos s�o verdadeiros. A f� intelectual n�o tem d�vida que Cristo nasceu de uma virgem, era o Filho de Deus, morreu no lugar dos pecadores, ressuscitou, foi ao c�u e voltar� novamente � terra pois a b�blia manifesta estes fatos e tudo � l�gico. As multid�es clamava na ocasi�o da entrada de Cristo em Jerusal�m: "Hosana ao filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!" (Mat. 21:1-11). Por�m, quando foi crucificado Cristo "todo o povo" disse: "o seu sangue caia sobre n�s e sobre nossos filhos." (Mat. 27:25). Aparentemente a f� da multid�o era uma cren�a intelectual somente, pois, se fosse uma f� verdadeira confiariam em Cristo para a salva��o e n�o pensariam que Ele fosse digna de crucifica��o. A mesma coisa pode ser dita dos muitos dos judeus que creram nEle em Jerusal�m. Tinham uma f� que gostou das palavras de Cristo mas n�o no significado delas, pois, quando entenderam o que ele quis dizer "pegaram pedras para lhe atirarem" (Jo�o 8:30-59). Na hora de Jesus curar, sa�am muitos dem�nios que clamavam: "Tu �s o Cristo, o Filho de Deus." (Luc. 4:41). Por�m, apesar da declara��o e cren�a, n�o foram convertidos estes. � manifestado que eles tinham somente um reconhecimento intelectual e n�o uma f� verdadeira.
A f� impl�cita � definida melhor pelo ditado, "f� na f�". A f� impl�cita cr� simplesmente para crer. � de crer em algo sem prova nenhuma. Os cat�licos dizem que a f� deve ser na igreja, ou melhor, simplesmente crer nas suas doutrinas pela autoridade dela mesma e n�o por causa do reconhecimento de nenhuma verdade (Boyce, p. 389). Seria a mesma coisa dos evang�licos dizerem: "cr� na B�blia somente para a salva��o" sem primeiramente ensinar o que ela diz. O crist�o verdadeiro n�o cr� em Cristo simplesmente por crer nEle, mas, por Ele ser revelado ao seu cora��o pelo Esp�rito Santo e assim, confia na Sua obra, segundo as Escrituras, como tudo suficiente para o tornar aceit�vel diante de Deus.
A f� tempor�ria � uma f� enganosa. Essa f� recebe intelectual e alegremente os fatos hist�ricos da verdade. Essa f� entendemos pela par�bola do semeador (Mar 4:1-20). � simbolizada pela semente que caiu sobre pedregais (Mar 4:5, 16, 18). A par�bola nos ensina que a terra n�o era boa. Isto quer dizer que este n�o caiu em um cora��o regenerado. Com tempo � entendida que essa f� era falsa por ser tempor�ria. Essa f� enganosa � evidenciada por n�o continuar a confiar em Cristo nem ter uma crescente devo��o e servi�o a Ele. A f� tempor�ria � manifesta como falsa por n�o crescer na gra�a e conhecimento de Cristo. O amor da Palavra de Deus, e a responsabilidade de ouvir Ela pregada e obedece-la logo torna cansativo para os com essa f� trai�oeira. O amor do povo de Deus e a santidade de Deus que pede uma crescente dist�ncia do pecado n�o � uma realidade nos que conhecem apenas essa f� p�rfida.
Pr�ximo estudo : A F� VERDADEIRA.