S�BADO DE ALELUIA DA MINHA INF�NCIA
Aquele s�bado era um dia de festa
Logo cedo a gurizada gritava em seus alaridos.
E t�o vivo na mem�ria ainda resta
Mesmo os anos tendo t�o depressa se consumido.
O palet� de missa do meu pai do arm�rio sumia
A camisa comprida do pai do Juca, j� era.
Nem sab�amos o porqu�, mas era nossa alegria.
Doces lembran�as dos anos verdes de quimera.
Na casa de algu�m, perderiam uma par de meias.
O p� de serra vinha da fabrica de salto.
E m�os a obra, a mente de fantasia cheia
Mas t�o mais vazia que o nosso sonho t�o alto.
Aquele boneco de pano ficara lindo,
N�o aceit�vamos dos adultos suas ajudas
Um retoque aqui outro ali com os rostos sorrindo
Al��vamos no primeiro poste o nosso Judas.
N�o sei por que, tinha que ser nove horas, em cima.
E munidos da nossa inf�ncia e peda�os de pau,
Em segundos deton�vamos nossa obra prima
Tudo era festa e vida na morte daquele ser mau.
O tempo feroz, cruel e juiz, galopou velozmente.
Hoje j� n�o malham o Judas nos postes da minha cidade.
S�bado de aleluia ficou a lembran�a que docemente
Viaja de carona nas asas da minha saudade..
JOSUEPOETA