RS: Acreditava ir t�o longe no futebol quando ainda era adolescente?

KAKA: Sinceramente, n�o! Meu sonho era chegar ao profissional do S�o Paulo e disputar apenas um jogo pela Sele��o Brasileira. A B�blia diz que Deus pode fazer muito mais do que pedimos ou pensamos, e isso � o que realmente aconteceu comigo.

RS: Seus pais o incentivaram a jogar bola quando crian�a ou estar em um campo era um pedido seu?

KAKA: Comecei a jogar com 8 anos de idade, quando me mudei de Curitiba para S�o Paulo (sic) [OBS: eu, Ingrid, acredito que tenha havido um engano nessa parte, pois Kaka nasceu em Brasilia, mudou-se para CUIAB� e depois foi para S�o Paulo. Portanto, acredito que em vez de Curitiba, o correto seja Cuiab�, mas est� escrito assim na Revista]. Eles sempre estiveram ao meu lado, mas nunca pressionaram, e isso foi bom para mim, ter em casa um apoio e n�o uma press�o.

RS: Houve um jogador, atleta de outra modalidade esportiva, que foi seu �dolo e de alguma maneira tenha servido de exemplo para sua carreira?

KAKA: O melhor jogador que vi jogar foi o Ronaldo, Fen�meno. Outro �dolo que tenho � o Ayrton Senna, ambos s�o exemplos, cada um em sua modalidade, com caracteristicas que fizeram deles vencedores.

RS: Olhando para tr�s, em todas as conquistas que alcan�ou na carreira, qual delas considera a mais importante?

KAKA: Foram os t�tulos que conquistei. Sou feliz em dizer que, como jogador, conquistei os mais t�tulos coletivos e individuais poss�veis.

RS: O que te motiva a levantar, ir aos treinos, superar criticas e dificuldades e lutar por seus objetivos no esporte?

KAKA: Tenho bem definidas as minhas metas, o que eu quero, e me dedico a conquist�-las, pensando sempre no que eu posso fazer para ser ainda melhor.

�Muitas vezes as criticas s�o duras, ate injustas, mas fazem parte e apanhando voc� se fortalece. Encaro as m�s fases, como as que tive com as les�es, como uma motiva��o, obst�culos a serem superados, sempre busco no trabalho solu��es para mudar essas situa��es�

O atacante afirma que ainda n�o pensa com o que poder� se ocupar ap�s decidir abandonar os gramados, pois n�o chegou perto desse momento por enquanto. Seus objetivos seguem focados em se firmar na Sele��o.

RS: O que a recente volta � Sele��o Brasileira, depois de tanto tempo afastado, significou para sua carreira?

KAKA: A convoca��o foi muito importante para mim. Senti-me prestigiado. Servir � Sele��o � um privilegio, ainda mais com tantos jogadores bons que podem estar ali. Significou um recome�o aos 30 anos.

RS: De que forma, por sua experi�ncia e maturidade, pode ajudar a equipe a levantar a ta�a em 2014?

KAKA: Acredito que minha capacidade t�cnica e t�tica sejam a melhor ajuda e tamb�m a experi�ncia de algu�m que j� esteve em tr�s Copas do Mundo.

RS: Acha que somos favoritos?

KAKA: Sempre, em qualquer competi��o de disputamos. Por estarmos jogando em casa, alem do favoritismo, aumenta a responsabilidade. O grupo esta em forma��o e, na minha opini�o, no caminho certo.

RS: Sofremos uma mudan�a grande agora, a troca de t�cnicos a pouco tempo do Mundial. Acha essa altera��o vantajosa?

KAKA: Entra uma nova comiss�o t�cnica com grande experi�ncia e que j� conquistou Copas anteriores. Esse fator faz com que conhe�am alguns atalhos para o sucesso na competi��o.

RS: Que outras sele��es podem ser p�reo para n�s?

KAKA: A Espanha esta bem e ser� uma das favoritas. Argentina, Italia, Alemanha, Inglaterra e Fran�a tamb�m s�o equipes tradicionais e por isso podem fazer uma �tima Copa.

Casado h� sete anos com a empresaria Caroline Celico, Kak� � pai de Luca (4) e Isabella (1). Sobre o primog�nito seguir seus passos, ele diz: �Deixo-o � vontade para escolher. Por enquanto, s� joga com os primos e amigos se divertindo, mas n�o se interessa tanto.�

Em meio a especula��es sobre sua poss�vel sa�da do Real Madrid, � imposs�vel que os brasileiros n�o se encham de esperan�as: �Sim, eu voltaria a jogar no Brasil, n�o gostaria que fosse agora, mas se um dia voltar, daria prioridade ao S�o Paulo�.