T�tulo: Doomed Love
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
G�nero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
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Eu acordei devagar. Uma m�sica tocava insistentemente na minha cabe�a. Abri os olhos e a claridade do dia me ofuscou. Cerrei as p�lpebras novamente gemendo com a s�bita dor de cabe�a. A m�sica cessou e eu ouvi uma risada como vindo de muito longe. Sentei r�pido, ignorando o mundo que rodava a minha volta. Olhei ao meu redor, para o apartamento bagun�ado, tentando lembrar onde eu estava. E ent�o eu me lembrei.
- Bom dia Bella adormecida
Ele estava h� poucos metros de distancia, sentado numa poltrona com o viol�o nas m�os. Agora estava explicado de onde eu ouvia a m�sica. A torrente de recorda��o voltou a minha mente como uma cascata, inundando meu rosto de um rubor sufocante. N�o. N�o. N�o. Eu n�o tinha ficado b�bada e feito o que eu estava pensando. Ou tinha? A dor na minha cabe�a e a boca seca eram provas concretas de que eu havia mesmo bebido al�m da conta. E o fato de estar, muito provavelmente na casa de Rob, mais precisamente no sof� de Rob, devia dizer que aqueles flashes de mem�ria que invadia minha mente naquele instante eram verdadeiras. Ai meu Deus! Eu fechei os olhos, gemendo de horror. O que foi um erro. Porque as lembran�as se tornaram mais v�vidas.
- Voc� vai vomitar? � ele indagou divertido e eu o fitei. Porque ele agia como se nada tivesse acontecido? Como se o mundo n�o tivesse virado de pernas pro ar? Ser� que minha mente estava me pregando uma pe�a?
- N�o � respondi por fim, decidindo ignorar minhas lembran�as. Rezando pra que ele n�o tocasse no assunto. De repente lembrei porque primeiramente eu estava ali.
- Meus pais! Devem estar se perguntando onde eu me enfiei!
- N�o se preocupe com isto. A Nikki disse pra eles que voc� estava com ela
- Nikki?
Ent�o ouvi um barulho vindo de outro c�modo e a pr�pria se materializou na minha frente. Mas o que � que a Nikki estava fazendo ali? Tudo parecia sa�do de algum sonho bizarro. Ela sorriu e colocou uma x�cara na minha frente
- Toma. Vai fazer com que se sinta melhor
Eu peguei a x�cara, que queimou meus dedos. Caf�. E sem a��car, constatei ao tomar um gole. Queria perguntar da onde ela tinha sa�do. Mas sinceramente eu n�o sabia nem como responder o que eu estava fazendo ali. Fitei Rob por cima da borda da x�cara. Que explica��o ele tinha dado a Nikki? A �bvia. Eu sentia meu rosto queimar de vergonha ao imagin�-la sabendo... Mas ela sentou na minha frente, sorrindo.
- Parece horr�vel.
- Obrigada... Por mentir por mim � falei realmente agradecida. Meus pais me davam liberdade porque confiavam em mim, e eu nunca tinha tra�do esta confian�a. Mas beber a ponto de sair carregada de um bar n�o estava na lista de atitudes que mereciam confian�a. E se eles soubessem que eu tinha passado a noite na casa de um cara que n�o era meu namorado (pensar no meu namorado me deixou com um gosto acre na boda. Culpa? Remorso?) a� sim eu estaria em apuros. Mesmo n�o tendo acontecido nada. Nada. Nada.
- Nem precisa agradecer. O Rob me ligou hoje de manh� e pediu que eu viesse pra c�. Ele explicou que n�o pode te levar em casa por que seus pais estavam l�.
- �... Foi isto mesmo...
- Esta se sentindo melhor?
- Eu nunca mais vou me sentir melhor � eu resmunguei
- Eu sei como � isto... Minha primeira bebedeira tamb�m foi inesquec�vel.
- Inesquec�vel... � eu repeti
- Mas eu sei o que devemos fazer. Vou levar voc� pra minha casa. Voc� toma um banho, p�e uma roupa minha. E a� pode encarar seus pais. N�o � Rob? - Rob levantou os olhos do viol�o. Era impress�o minha ou ele parecia mais distra�do do que o habitual?
- Sim, � uma boa. � ele largou o viol�o se levantando. Nikki me puxou do sof�
- Ent�o a gente j� vai. Vou buscar minha bolsa na cozinha
Ela se afastou e eu fitei Rob. Ele sorria. Aquele sorriso torto muito �bvio pra mim agora. As m�os passando pelos cabelos bagun�ados. E as lembran�as dos meus pr�prios dedos entrela�ados nos fios cor de areia me fez vacilar.
- Eu... � comecei a falar mas me calei. O que eu podia dizer? Eu nem sabia o que estava se passando a minha volta. E n�o era s� porque minha cabe�a girava em decorr�ncia da ressaca. Estava tudo uma confus�o sem tamanho.
- Obrigada... Por... Ontem - quando as palavras sa�ram da minha boca eu me dei conta do sentido d�bio. Droga! Eu tinha que concertar aquilo; De alguma forma. Eu estava b�bada. Por isto tinha deixado as coisas chegarem aonde chegou. Era s� por isto. A luz do dia, tudo era diferente. Eu sorri, tentando ser casual
- Meus pais iriam me matar se descobrissem...sabe como �... Provinciana
- N�o ia deixar que seus pais te matassem. N�o conseguir�amos achar uma protagonista em t�o pouco tempo.
Eu ri, mais relaxada desta vez, por ele n�o tocar no �assunto� Talvez ele tenha entendido que fora apenas um lapso no meu comportamento. Ou algo assim.
- Isto seria p�ssimo. - eu concordei. - Mas iriam sobreviver sem mim � falei no mesmo tom de brincadeira
- Isto � relativo
Ele estava sorrindo casualmente ao dizer isto. Mas eu engoli em seco, como se houvesse um significado oculto por tr�s de suas palavras Devia ser os resqu�cios do �lcool no meu c�rebro que me fazia pensar asneiras
- Vamos? - Nikki voltou e segurou minha m�o
- Vamos
- Tchau Rob � ela beijou seu rosto ao passar por ele. E eu me perguntei se devia fazer o mesmo. A gente n�o era disto. De ficar se cumprimentando deste jeito. E eu preferi deixa do jeito que estava. Apenas passei por ele e disse tchau.
Continua...