T�tulo: Doomed Love
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
G�nero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
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Eu acordei com o barulho da chuva. Um bra�o quente me segurava junto a um corpo igualmente quente. Por um momento eu apenas me permiti ficar ali, entre seus bra�os, sabendo que nosso tempo tinha acabado. Eu abri os olhos e me desvencilhei dele, sentindo o frio da manh� em minha pele. Mas antes que conseguisse sair da cama, ele me puxou de volta
- N�o vai se livrar de mim t�o f�cil, Kris � falou em meu ouvido e eu fechei os olhos, lutando contra a vontade de esquecer tudo o que eu tinha dito e ficar ali. Mas eu n�o podia.
- N�o deixe as coisas mais dif�ceis do que j� s�o, Rob, por favor � pedi quase com desespero na voz. Por um momento, ele n�o fez nada, mas ent�o me soltou. Eu me afastei sem olhar pra tr�s. Me trancando no banheiro, me encostei na pia para n�o cair. Mas n�o podia ficar ali pra sempre, ent�o vesti uma roupa que estava jogada por a� e destranquei a porta. Ele estava vestido, gra�as a Deus. Eu n�o precisava de nada me lembrando a noite passada. O que eu precisava neste momento era de todo meu alto controle. Ele sorriu pra mim, mas era um sorriso triste. E eu n�o consegui sorrir de volta desta vez. Eu caminhei para longe dele, sabendo que ele me seguia e abri a porta. O vento frio da chuva me atingiu, mas n�o era maior que o frio dentro de mim, ao v�-lo se aproximar, ficando na minha frente. Eu o fitei sem saber o que dizer ou fazer. S� queria que ele fosse logo. Antes que eu fizesse alguma coisa que iria me arrepender depois. Como pedir pra ele ficar. Ele hesitou. Como se tamb�m n�o soubesse como agir. E ent�o n�s rimos, feitos dois idiotas. E meu cora��o ficou menos pesado por saber que eu ainda podia rir com ele. Rob passou a m�o pelos cabelos, antes de pegar o ma�o de cigarro. E eu fiz uma careta
- Velhos h�bitos? - indaguei
- Algo assim � ele respondeu enquanto acendia o cigarro e ent�o me fitou - Quer uma carona at� o aeroporto? - Eu queria muito mais que uma carona, claro. Muito mais do que seria bom pra minha sanidade, mas sacudi a cabe�a negativamente
- Melhor n�o - Ele deu de ombros, a fuma�a do cigarro entre n�s, os olhos perscrutando meu rosto e eu prendi a respira��o quando ele se aproximou de repente, os l�bios tocando os meus. Foi muito intenso e muito r�pido. Ele sorriu ao se afastar
- Velhos h�bitos � ele disse. Eu ri pra n�o chorar. Literalmente
- Sei... Algo assim
- Cuide-se Kristen - Ele sorriu uma �ltima vez pra mim antes de entrar no carro. Eu vi o carro se afastar, sentindo meu cora��o quebrado. Eu fora idiota o suficiente para me apaixonar por ele. E agora teria que conviver com isto. Porque eu tinha feito uma escolha. E n�o podia voltar atr�s.
Rob fora apenas uma fase na minha vida. E iria passar. Assim eu esperava.
Fazia menos de um m�s que eu n�o o via. Mas era como se tivesse passado um ano. Depois que sa�mos de Oregon, nunca mais nos comunicamos. Eu achava melhor assim. Foi quando veio a liga��o. Eu achava que tinha esquecido. Eu tinha certeza que tudo tinha ficado em Oregon, que eu podia voltar a minha vida normal. Tudo bem que as coisas n�o estavam indo t�o bem como eu queria que estivessem. Mas pra quem a vida era f�cil hoje em dia? Eu tinha problemas de concentra��o para ler os roteiros que me mandavam? Eu evitava as liga��es do meu namorado e na verdade o vira duas vezes em semanas? Isto era normal. Todo mundo passava por momentos assim na vida. Eu sinceramente me enganava que estava tudo bem, vivendo um dia atr�s do outro na ensolarada Calif�rnia. At� aquele dia. Eu nem sabia que ele tinha meu n�mero de celular. Eu n�o atendi. N�o porque era ele. Mas porque estava ocupada. Quando fui checar as mensagens l� estava. A mesma voz empermeada com aquelas risadinhas que eu conhecia t�o bem. Eu passei mal. Juro. Foi a coisa mais estranha que j� me acontecera vida. Era como estar tendo uma taquicardia, meu cora��o parou de bater por alguns momentos para depois voltar num ritmo enlouquecedor. Eu podia sentir o sangue sendo transportado nas minha veias, um zumbido no meu ouvido. Eu joguei o telefone longe. Como se tivesse jogando longe o que eu sentia pela pessoa que tinha me ligado.
- Fuck! Fuck! Fuck! - eu gritei exasperada. Depois de me acalmar (eu n�o estava contando, mas acho que este surto durou algumas horas), consegui pegar o telefone e ouvir a mensagem de novo. N�o era nada de mais. E eu ri, por ser t�o idiota e me deixar afetar por uma liga��o de um colega de elenco.
�Oi Kristen. Tudo bem? S� liguei para saber como voc� esta...( pausa. Uma risadinha) estou na Inglaterra. Aqui esta frio ainda. Parece Oregon (risadinha... longa pausa. Era como se ele estivesse pensando no que falar) Se quiser me ligar... e ent�o ele dizia o n�mero. Eu mordi os l�bios, hesitante. Era melhor apagar aquilo. Esquecer. Mas a caixa de pandora fora aberta. Com um suspiro eu deitei em minha cama, fechando os olhos, deixando as lembran�as que eu tentava desesperadamente esquecer invadir minha mente. Eu achava que estava curada daquilo. Como Jeane se curara? Ela dera um tiro em Paul. N�o, n�o poderia fazer algo t�o dr�stico. Por que o rolara em Oregon, n�o poderia ficar por l� mesmo? Porque ainda tinha que me atormentar? Como eu podia ser t�o burra de achar que nunca mais nos ver�amos e estava tudo bem? Ainda teria que v�-lo durante todo o ano, at� estrear o filme, isto se eu tivesse sorte e o filme fosse um fracasso. Poderia voltar aos meus filmes indies e viver em paz no meu mundinho onde n�o existia atores ingleses de cabelos bagun�ados que faziam musica pra confundir nossa cabe�a. Mas se eu n�o tivesse sorte, n�s ainda ter�amos que gravar os outros filmes e minha tortura duraria anos. Como eu ia sobreviver �quilo? Peguei de novo o telefone. Ouvi de novo a mensagem. E mais uma vez. Escureceu e eu ainda estava ouvido aquilo. At� adormecer.
Continua...