T�tulo: Doomed Love
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
G�nero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
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Nos trouxeram caf� e ele olhou pra mim de uma forma estranha por cima da x�cara
- O que foi? - indaguei nervosamente
- Estou pensando no quanto voc� � absurda
- Achei que tinha parado com esta mania das falas de Edward
- Mas � s�rio, voc� nunca pareceu t�o absurda pra mim.
- Por que? - Ele deu de ombros
- Por estarmos aqui pra come�o de assunto
- Oh...isto. Acho que n�o posso te culpar...do jeito que ando agindo - Ele sorriu, brincando com pr�pria x�cara e eu me toquei do que � que estava me incomodando nele. O sorriso era diferente. Ainda deslumbrante. Mas tinha uma estranha resigna��o ali. E tinha outras coisas tamb�m. Cad� aquelas frases que eu abominava? A insist�ncia? Os toques casuais? Tudo tinha sumido. Ele estava estranhamente distante, e isto doeu. Eu lutei contra uma fria e incomoda onda de medo que me dominou.
- Voc� n�o tem culpa da nada, Kristen - Estas palavras me surpreenderam. Ela j� tinha me acusado de algumas coisas. E eu tinha ci�ncia de que todas as acusa��es eram verdadeiras. N�o era para isto que eu estava ali? Para admitir? Eu respirei fundo e abri a boca pra despejar tudo, mas antes que eu conseguisse pronunciar uma letra, ele continuou
- Eu queria te pedir desculpas
- Pelo o que?
- Por estar atrapalhando voc�.
- Rob, eu...
- N�o. Eu sei que estou sendo um chato insistente. Voc� deixou bem claro as coisas em Oregon. E eu andei pensando bastante estes dias e... Acho que voc� tem raz�o. N�o temos nada a ver. O que aconteceu em Oregon ficou em Oregon. Acho que confundimos as coisas, com todo este lance do filme...eu n�o devia ter pressionado voc�. - Eu sinceramente achei que tinha ouvido errado. Que hist�ria era aquela agora? Ele literalmente correra atr�s de mim todo este tempo e agora que eu me dava conta que queria a mesma coisa, ele recuava? Mas que porra era aquela?
- Rob... - eu tentei articular as palavras. Aquela conversa n�o estava sendo do jeito que eu imaginava.
- Eu realmente sinto por ter magoado voc�. Nunca foi minha intens�o. - Eu queria dizer que ele n�o tinha me magoado, mas a� seria mentira. Eu respirei fundo, tentando colocar minha mente no lugar e o fitei. A primeira coisa era entender exatamente ande ele queria chegar.
- Rob...o que voc� quer dizer? - consegui articular as palavras milagrosamente - Ent�o ele sorriu e meu cora��o n�o acelerou como sempre. Porque n�o era um sorriso como os outros, era aquele que estava quebrando meu cora��o
- Eu n�o vou mais insistir com voc� Kristen. Acabou. - Eu senti a bolha se rompendo ali. Naquele momento com aquelas palavras. Rob estava me dando um fora. N�o tinha express�o melhor para definir a situa��o. E eu soube o que ele sentira todo aquele tempo que eu dissera n�o atr�s de n�o. Se � que ele sentira alguma coisa de verdade, pensei horrorizada. Mas eu n�o podia ter me enganado tanto. Eu tinha passado por um inferno pra chegar at� ali e n�o podia aceitar que ele simplesmente se enganara! Quem estava sendo absurdo era ele agora e n�o eu!
- Rob, eu preciso te dizer uma coisa, eu... - Eu nunca consegui terminar, pois a porta do caf� se abriu trazendo uma lufada de ar frio at� meus cabelos.
- Robert? - A pessoa que entrara o chamou. Ou melhor, a mulher que entrara o chamou. Eu n�o consegui me mexer em choque. Apenas o fitei, a realidade se interpondo em minha mente, apesar de eu querer neg�-la a qualquer custo. Mas eu j� sabia. Ele me fitava ainda, enquanto os saltos altos se aproximavam
- Desculpa o atraso - Eu desviei o olhar para encarar a mo�a desconhecida ao nosso lado. Ela me fitou, s� ent�o notando minha presen�a
- Oh...desculpe...eu vou esperar l� fora - Ela saiu t�o r�pido como entrou. Eu nem sabia o que dizer. Rob se levantou, colocando algumas notas sobre a mesa.
- Eu preciso ir - Eu n�o me mexi. Acho que nunca mais eu ia me mexer na vida, tamanho era meu choque. Ele me fitou com aquele sorriso
- Cuide-se Kristen - E assim, sem maiores explica��es, ele se foi. Quando a porta bateu, eu finalmente consegui me mexer e olhar para fora. A mo�a estava parada em frente a parede de vidro, olhando a rua. Robert se aproximou e ela sorriu, se pendurando em seu bra�o. Ele sorriu pra ela. Aquele sorriso que eu achava que era s� meu, enquanto eles atravessavam a rua e se afastavam. Eu fui incapaz de desviar o olhar. Mesmo quando eles desapareceram da minha vista. Quanto tempo eu fiquei parada no mesmo lugar, eu nem sabia dizer.
- Mais alguma coisa mo�a? - a gar�onete perguntou e eu a fitei
- N�o � sussurrei e me levantei. Somente na rua eu percebi que eu tremia inteira. Ent�o aquilo era a devasta��o total. Eu sentia como se o ch�o tivesse sido tirado dos meus p�s. Como se meu corpo estivesse se desintegrando. Era a dor mais horr�vel que eu j� tinha sentido na vida. Ele desistira de mim. Simples assim. Agora era tarde demais. Em andei sem rumo pela noite por horas a fio. E quando dei por mim, estava exatamente em frente ao hotel que o tinha deixado na outra noite. Se eu tivesse subido com ele naquele dia, tudo seria diferente agora? Ele ainda me deixaria pela mo�a do caf�? Ser� que eles estariam l� agora? A raiva veio sem avisar. Eu apertei a bolsa contra o peito. A toca ainda estava ali. Eu a tinha trazido para devolver. E ficara esquecida. Eu devia fazer uma fogueira e queimar. Eu me assustei com o tamanho do meu �dio. Nunca tinha sentido aquilo antes. Era o efeito Pattz sobre mim. Que f�cil fora pra ele entrar e sair da minha vida. E eu deixei. Ele entrou e causou aquele estrago. E agora ia embora como se nada tivesse acontecido. Com a primeira fulana que aparecera. Talvez ele fizesse uma m�sica pra ela tamb�m. Ou ent�o usaria a mesma. Eu sentia as l�grimas queimando em meus olhos e o buraco dentro de mim aumentando. Ele tinha que ser preenchido com algo e no momento a �nica coisa que eu tinha era raiva. Sem pensar, eu atravessei a rua a entrei no hotel.
Continua...