A fotografia retrata um momento especial da minha vida: a primeira solenidade da semana da minha formatura.
Lembro-me, como se fosse hoje, das circunst�ncias vivenciadas: por um lado, grata por ter conseguido realizar mais um objetivo; por outro, um turbilh�o de sensa��es, pelo fato da probabilidade real de ter criado la�os inquebrant�veis com uma pessoa que eu j� n�o sabia mais se gostaria de partilhar os dias. Quanta afli��o. Felizmente, enfim, passou. N�o conv�m recordar lembran�as que nos tiram a leveza.
Contudo, foi um reencontro que me fez repensar o modo como estava conduzindo minha vida. Por coincid�ncia � ou n�o � o tal reencontro aconteceu no momento exato que tinha que acontecer: no per�odo em que mais me questionava o rumo que a minha vida estava tomando. Doces lembran�as, que falarei em outras oportunidades.
Olhar essa fotografia me fez ressignificar o contexto que retratou. Alguns meses ap�s, com maturidade e serenidade, posso afirmar que todos os percal�os vividos foram, indiscutivelmente, indispens�veis para constru��o do meu �eu� hoje. O vestido que usei, por exemplo, escolhido com tanto zelo e delicadeza, hoje n�o me serve mais; a par�bola tamb�m serve para pessoas que estiveram presentes na ocasi�o. E n�o que elas tenham deixado de ser importantes; apenas n�o fazem parte da minha hist�ria mais. E busco encarar isso com naturalidade e otimismo. Foram essenciais. Hoje, n�o s�o mais. Tanto as coisas, como as pessoas envolvidas. E est� tudo bem. Como tem que ser.
Tenho buscado tirar li��es das circunst�ncias vivenciadas, sem lam�rias, afinal, �Quem presta aten��o demais naquilo que perdeu, corre o risco de n�o ver o que est� ganhando hoje�