*
**
*
Nos bra�os da tristeza
Era uma �gua negra, viscosa, assustadora, gelada.
Parecia abra�ar-me com bra�os de v�bora faminta
Sufocando-me, arrastando-me ao fundo, ao nada.
Cansada de tanto lutar, senti minha for�a extinta.
Entreguei-me � lassid�o, que me leve como amante
Tristeza imensa, maior que eu, tome tua v�tima amada.
N�o quero mais lutar contra ti, satisfa�a tua fome gigante,
Estou inerte, quietinha, tua, nua, desarmada, cansada.
Mas na barragem daquela represa, fez-se uma rachadura
E em profus�o de palavras as negras �guas foram escoando
A princ�pio lentamente, e aos poucos como cascata que cura
Levando tudo o que ali continha, e nas l�grimas me lavando.
Quando dei por mim, estava livre, limpa, pura
Outra vez senti em meu corpo o calor do amor
E meu cora��o j� leve encheu-se de ternura,
E um grande sorriso dissolveu a minha dor.
L�dia Sirena Vandresen (02.01.2.008)
*
**
*
*
**
*