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Escurid�o
Ela tateou na escurid�o como se fosse pra algum lugar,
O ar queimando as entranhas como se desejasse respirar,
Arrancando-lhe l�grimas como se quisesse chorar,
Trope�ando em tudo como se nada mais a pudesse machucar.
Ela gemeu grunhidos inaud�veis como se a devessem escutar
E orou aos c�us como se fosse capaz de acreditar,
Olhando para o nada como se ainda soubesse sonhar,
Implorando clem�ncia como se houvessem de se importar.
Ela imaginou o sol como se ainda estivesse a brilhar
Desejando viver como se tivesse amor pra dar
E lan�ou-se ao abismo como se pudesse voar
Estatelando-se no penhasco como se a morte a fosse poupar.
Ela calou como se a solid�o a desejasse acariciar
E desabou no ch�o como que num leito macio a lhe esperar
E adormeceu como se nunca mais pudesse acordar
E mergulhou na ilus�o como se afunda no abismo do mar.
L�dia Sirena Vandresen
-21.01.09-
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Texto em ingl�s
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Pela lei n� 9.610/98,
Viol�-los � crime estabelecido pelo Artigo 184
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