Eu n�o sei o que eu quero, mas sei exatamente o que eu n�o quero. N�o sei onde a estrada vai dar, mas sei onde ela n�o vai dar. Nesse tempo eu tenho tentado ver atrav�s dos obst�culos que se prostam a minha frente.. Alguns grandes demais, e outros t�o pequenos que a gente passa por cima. Passa batido, nem percebe que � um obst�culo, e quando v�, j� foi. Voc� j� t� do outro lado. N�o h� muita diferen�a entre ser grande e ser pequeno, o que vai mudar � a nossa vontade de atravessar. Cada vez eu tenho mais sede de ser o que eu sou e n�o mudar, n�o agradar, n�o bajular. Perdi muito tempo dando muito e recebendo muito pouco. Nunca fui de somar o saldo do final do dia, mas hoje, quando eu precisei pagar pra tristeza ir embora, eu n�o tinha saldo o suficiente pra dar a ela um motivo convincente pra virar felicidade. D� pra entender? O tempo me mostrou que eu por eu mesma me basto, me satisfa�o, me acabo tanto na felicidade quanto na tristeza. N�o foi ningu�m que me mostrou isso. Foi o tempo. Agora falta eu aprender a parte de mim que precisa associar felicidade a andar de m�os dadas. Brigar faz parte, chorar faz parte, cansar faz parte, e ser feliz tamb�m. Tenho que aprender sobre a parte de mim que vai dizer que quer mais, que estar sozinha n�o basta. Que nada vai bastar. J� tenho um aeroporto � vista, basta me autorizarem pouso.
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