Não é fácil lidar com a velhice ou com a perda de faculdades daqueles a quem amámos e a quem aprendemos a considerá-los uma espécie de heróis, mas é isso que nos distingue enquanto seres humanos.
Não queiras que o teu pai, a tua mãe, os teus tios ou avós sejam sempre iguais, eles envelhecem e tu, se tiveres sorte ou azar, também vais envelhecer.
Tenta não perder a paciência sempre que eles te contarem, repetidamente, a mesma história, também eles tiveram paciência para te ouvir a contar ou a perguntar inúmeras vezes as mesmas coisas.
Se eles não quiserem tomar banho, dá-lhes uma folga, também os teus pais ou avós fingiram esquecer-se disso.
Empatia, é disso que o mundo precisa.
Diz-lhes: eu sei, mãe/pai, avô/avó, tomara eu ter a sua força, tomara eu ter o seu amor para conseguir ser ou fazer aquilo que conseguiu.
Aceita, compreende e põe-te no lugar deles, mima-os, faz-te de parvo. Não os magoes, aceita-os como são. Trata-os como gostarias de ser tratado, com muito amor.
Ana Silvestre