Ah, meu amor! E eu pensei;
e murmurei todas as noite sempre o teu nome;
e voei baixo, e mergulhei...
sob os lençóis aprofundei os meus costumes,
mas acordei, diversas vezes,
ouvindo o som da melodia: que triste engano!
Tu lembrarias, se recordasses quanto eu te amo,
e me ouvirias, se compreendesses todo o meu drama;
a dor inflama, e eu me inquieto, e te reclamo;
e tenho dúvidas que não se entendem com os meus planos:
ah, meu amor, te sinto perto, e tu tão longe!
Quero a alegria de sermos juntos, e estar contigo;
quero olhar pro teu sorriso e me ver livre;
quero tua pele e quero leve o teu arbÃtro,
quero o suspiro, e adormecidos, uma longa vida,
quero de novo um gesto novo e estremecido.
Então me digas, depois que o sol e as noites findam,
depois que acordo e tenho sonhos ainda lindos,
depois que choro por ser feliz te consumindo,
depois que broto sobre o teu colo ou no teu Ãntimo...
como te ter, sem perceber que em ti me vejo, eu te pedindo...
Olindo Santana