Dores de amor � mal que n�o se evita,
Que n�o se corta, mal que n�o se doma.
Quando acontece, rouba, furta, toma
Toda alegria que num peito habita.
A partir dele tudo se conflita.
Tudo embolora, tudo perde o aroma.
Um mal que chega e ao primeiro sintoma
Um caos se desmorona n�alma aflita
Somente o tempo a este mal d� cura,
Mas entrementes, cola em nossos tra�os,
Profundas rugas, marcas da tortura,
De quando a dor delimitava espa�os,
E quando sai deixa a triste figura,
De muitos sonhos feitos aos peda�os.

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