Depois de te amar t�o loucamente,
depois dessa paix�o que me abra�ou,
depois dessa tes�o onipotente
que os ossos do bom senso devorou,
achei-me um dia s�, subitamente,
perguntando-me � agora onde � que vou
sem ningu�m a quem amar intensamente,
sem ningu�m a quem me dar tal como sou?
E a resposta n�o veio. Fiquei sozinho
afogando-me em desespero e vinho,
em tristes p�veas, em anti-depressivos
e de ti, que hoje �s apenas hist�ria,
guardo somente a saudosa mem�ria
num pintelho entalado entre os incisivos.
Fernando Correia Pina