PAIX�O
No brilho dos teus olhos,
sem gentilezas,
cravado eternamente est� meu estranho perdido para�so;
neles cintilam os meus outonais segredos.
Nas minhas m�os,
sementes j� n�o prometem primaveras-de-flores
no jardim das minhas dores.
Em minhas fantasias,
t�o-somente mares de furtivas l�grimas;
e a dist�ncia faz-se longa noite invernal.
Em minha infernal solid�o,
brasas-vivas brotam sob meus p�s descal�os,
percal�os de desamores,
e obstinados e destinados filetes solares
ferem meus sonhos;
eles rodopiam no desalinho das mar�s,
dos ventos,
do ver�o...
paix�o.
S�lvio Medeiros