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A Cozinha da Bruxinha
Era dia de festa. Giselda chamou a bruxarada para se reunir na casa dela,
que ficava numa montanha bem alta, no mundo chamado . E festa na casa
de bruxa sabe como �, muita comida, po��es m�gicas e principalmente
muita m�sica e alegria. As crian�as n�o perderam tempo e foram para
floresta chamar seus amiguinhos encantados. O gnomo Imp, conhecido
como amigo das crian�as n�o pensou duas vezes e aceitou o convite. "vai
ter pudim de nuvem?" � perguntou j� com �gua na boca. Dadinha, a
bruxinha filha de Giselda, respondeu com orgulho: "Mas � claro, que vai ter
pudim de nuvem, eu mesma fiz...". Imp, o gnomo torceu o nariz,
quando essa bruxinha entra na cozinha, sai de baixo, que l� vem raio..."
As crian�as todas riram, mas a bruxinha Dadinha n�o gostou, ficou
tristinha, quase chorou, pois tentava ser igual a m�e dela, Giselda, que
cozinhava pratos maravilhosos da culin�ria m�gica das bruxas, receitas
que ela aprendera com sua m�e, que aprendeu com sua av�... Mas tudo
bem, era festa. As crian�as voltaram para a casa da montanha. Era um
corre, corre, um zumzumzum, tinha at� banda de m�sica fazendo o maior
ziriguidum.
O almo�o foi servido numa grande mesa, no jardim. Era um verdadeiro
banquete. Fazia um dia maravilhoso, o sol estava dourado como um pingo
de ouro, e o c�u t�o azul...O prato principal era arroz com ervas
perfumadas e frango, regado com nectar das flores, pra acompanhar farofa
de p� de estrela, que Giselda pegou do c�u na noite anterior quando
passeava em sua vassoura.
Os convidados comeram que se lambuzaram, tudo tinha gosto de quero
mais. Todos agradeceram ao deus e � deusa pelo dia maravilhoso,
ensolarado, pelo alimento, e pela confraterniza��o entre os amigos. E
quando todos iam se levantar da mesa: "Hei, gente, tem a sobremesa" �
gritou Dadinha � "foi eu quem fiz, e sozinha!" Todos se entreolharam, j�
sabiam da fama da bruxinha. Ela tinha at� boa vontade, mas n�o tinha
m�o para a cozinha, pois cozinha de bruxa tem que ter concentra��o,
mentalizar as palavras certas, medir bem os ingredientes, ter muita, mas
muita paci�ncia. E Dadinha era uma pimenta, estabanada e maluquinha,
Apesar de encantadora. Mas todos tiveram uma grande surpresa.
A menina trouxe o grande prato de pudim de nuvem, todos ficaram com
�gua na boca s� de olhar. "Que bela apar�ncia!", "Deve estar gostoso!",
Foram os coment�rios, a bruxinha orgulhosa, deu a primeira fatia para a
M�e que provou e aprovou, todos comiam e davam os parab�ns para a
menina, e o pudim estava t�o gostoso que eles se esqueceram que
quando se come essa sobremesa feita com nuvens do c�u tem que se
falar as palavra m�gicas que s�o: "Doce como o mel, que coisa louca, que
n�o se fa�a chuva no c�u da boca". Quando um dos convidados lembrou
da simpatia, j� era tarde demais e por causa disso, de repente, o c�u
fechou, e uma grande nuvem negra se formou, uma tempestade pegou
todos de surpresa. Eles ficaram todos molhados. E quem pensou que a
chuva acabou com a festa, se enganou!
A banda continuou a tocar, e todos dan�aram formando uma grande
ciranda. Deste dia em diante a bruxinha n�o errou mais nas receitas, s�
fez comidinhas m�gicas bem gostosas e ganhou o t�tulo de mestra cuca
mirim da cozinha da bruxa, n�o tinha festa que ela n�o era convidada pra
levar os seus quitutes, n�o teve um s� canto daquele mundo encantado
que n�o passasse a conhecer a fama da cozinha da bruxinha.
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