Existem duas explica��es para o termo festa junina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o per�odo colonial (�poca em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Outra vers�o diz que esta festa tem origem em pa�ses cat�licos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a S�o Jo�o.
A primeira explica��o surgiu em fun��o das festividades que ocorrem durante o m�s de junho.No princ�pio, a festa era chamada de Joanina.
Nesta �poca, havia uma grande influ�ncia de elementos culturais portugueses, chineses, espanh�is e franceses. Da Fran�a veio a dan�a marcada, caracter�stica t�pica das dan�as nobres e que, no Brasil, influenciou muito as t�picas quadrilhas. J� a tradi��o de soltar FOGOS DE ARTIF�CIO veio da China, regi�o de onde teria surgido a manipula��o da p�lvora para a fabrica��o de fogos. Da pen�nsula Ib�rica teria vindo a dan�a de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
A primeira festa junina realizada no Brasil aconteceu no ano de 1603, em comemora��o a S�o Jo�o, pelo Frade Vicente do Salvador que se referiu aos nativos que aqui se encontravam da seguinte forma: �os �ndios acudiam a todos os festejos dos portugueses com muita vontade, porque era muito amigo da novidade, como no dia de S�o Jo�o Batista por causa das fogueiras e capelas�.(Ib p.106 Mariza Lira).
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (ind�genas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regi�es do pa�s, tomando caracter�sticas particulares em cada uma delas.
FESTA JUNINA NO NORDESTE
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na regi�o Nordeste as festas ganham uma grande express�o.A tradi��o deste encontro festivo � t�o forte que em algumas regi�es do Nordeste ningu�m trabalha em dia de Festa de S�o Jo�o, 23 de junho. O m�s de junho � o momento de se fazer homenagens aos tr�s santos cat�licos: S�o Jo�o, S�o Pedro e Santo Ant�nio. Como � uma regi�o onde a seca � um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na regi�o, que servem para manter a agricultura.
Al�m de alegrar o povo da regi�o, as festas representam um importante momento econ�mico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hot�is, com�rcios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, � cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asi�ticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.
COMIDAS T�PICAS
Como o m�s de junho � a �poca da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados �s festividades, s�o feitos deste alimento. Pamonha, curau, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho s�o apenas alguns exemplos.
Al�m das receitas com milho, tamb�m fazem parte do card�pio desta �poca: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinh�o, bombocado, broa de fub�, cocada, p�-de-moleque, quent�o, vinho quente, batata doce e muito mais.
Como SANTO ANTONIO � considerado o santo casamenteiro, s�o comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas cat�licas distribuem o �p�ozinho de Santo Ant�nio�. Diz a tradi��o que o p�o bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradi��o, devem comer deste p�o.