Virgem que alenta os sonhos meus
Anjo puro e belo
Amor plat�nico que devaneia meu ser
Que mimo! Que rosa! Que filha de Deus!
Oh! Amada! Que mundo triste e cruel
Por que levaste minh"alma
para teu sagrado t�mulo?
Sobre mim lan�ando a vida todo seu fel!
Lembran�as levam-me aos c�us!
De quando passeavas pelos arom�ticos jardins
L�vida e angelical
Balan�ando a brisa teus alvos v�us
E eu sussurrava ao meu cora��o:
Donzela, aonde vais?
Tem pena de mim!
Em meu �nterim ardia a paix�o!
Oh! Lembran�as da minha vida!
Meu �nico e escasso conforto!
Por momentos esquivam-me
Da dor insana de tua ida!
Foste a virgem sagrada
Que ningu�m profanou!
E a palidez perfeita de tua face
Jamais foi por l�bio algum tocada!
Quanta inoc�ncia dormiu em teu leito!
Tua aur�ola me dizia que quando nasceste
Deus graciosamente colocou
O cora��o de um anjo, em teu peito!
Por que partiste com um Serafim,
sem levar-te teu amor?
Que te trocava l�nguidos olhares,
naqueles momentos sem fim!
A mim s� a l�gubre solid�o!
Que me torna um cadav�rico melanc�lico
Que a nada no mundo se importa
Vivendo os dias em v�o!
Oh! Virgem de minha vida
Meu sublime amor
A ti meu luto eterno!
E a ef�mera espera de minha ida!
Nas m�os onde a candura
Instigaram-me a nunca tocar profana face
Trarei uma rosa em vi�o
Para a tua sagrada sepultura!
E morrerei em pensamentos deleitosos
Sonhando em encontrar-te no para�so
Alegre e juvenil!
A brincar com os anjos candorosos!
E todas as divindades que entre n�s passe
Tornar-se-�o invis�veis ao nosso voluptuoso olhar
E mesmo s� de esp�rito
Enfim hei de tocar tua face!