Cinzenta manh� de inverno
Agu�a o cheiro de paz
Traz conforto ao ser
preso atr�s dos vitrais
Singular sentimento
Me deprime ao extremo
Nostalgia me domina
Dilacera meu peito
Meu cora��o agora sangra
Minha alma se despeda�a
Num segundo, sou luz resplandecente
No outro, s� cinzas da tristeza
Ultra-romantismo cr�nico
Intr�nseco desejo m�rbido
O mal-do-s�culo me fez assim
De repente me fecho e morro
Transpiro a solid�o dos mortos
Nas sombras caio em devaneio
Moribundo nos bra�os da Deusa
Minguante e soturno, desvane�o
Sou um estranho dentre os vivos
Uma �rvore retorcida pelo tempo
Esp�rito perdido na n�voa
Espectro num cemit�rio maldito
Sou o choro da crian�a
O desespero num funeral
Sou o �ltimo suspiro
A melancolia fatal
Sou l�grima que escorre
Sou brisa que beija a face
O viajante que n�o retorna
Sou o semblante da saudade
Transpiro a solid�o dos mortos
Do teu olhar ainda lembro
Transpiro a solid�o dos mortos
Por que fostes t�o cedo?
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