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Eu sou, sem morrer no acaso, sem fazer cerim�nia, sem dormir no ponto, sem esquecer as dores.
Eu sou, e antes de pertencer aos conceitos, �s regras e situa��es, sou da minha
investiga��o particular, sou do meu tempo. Sou do �cio, da pregui�a
e do prazer pelo nada. Sou tamb�m da pressa pelo afeto.
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Do sil�ncio que reluta em existir. Sou dos outros quando quero e geralmente na hora errada
sou de mim mesma por necessidade da solid�o.Eu sou do mundo e principalmente do
do meu mundo habitado pela alegria mesmo que passageira.
do meu mundo habitado pela alegria mesmo que passageira.
Sou dos atalhos por pressa, sou da ventania por impaci�ncia.
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Sou do mato por natureza. Sou da banalidade pela extrema necessidade de desafogar as culpas.
Sou do afeto que me destinei. Do meu cotidiano. Sou do dia atarefado. Da noite escura.
Do infinito do mar.Sou da ilus�o. Das confusas idas e vindas
Da insist�ncia pela hist�ria.
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Sou de acreditar. De me perder nos romances. De entregas e depois arrependimentos
Sou da saudade dolorida. Das esperas angustiantes.
Sou da minha vasta imagina��o. Da sobreviv�ncia. Das tristezas ocasionais.
Das perguntas sem respostas. Das respostas sem perguntas.
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Sou dos planos sem motivos. Sou de tudo e �s vezes do nada. Da fuga por medo. Da raz�o
por obriga��o. Da reza por devo��o. Da f� por ora��o.Sou do que valeu a pena. De momentos eternos
Das lembran�as. Sou sem vergonha de ser.
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* Ita Portugal *