J� raro e mais escasso
A noite arrasta o manto,
E verte o �ltimo pranto
Por todo o vasto espa�o.
T�bio clar�o j� cora
A tela do horizonte,
E j� de sobre o monte
Vem debru�ar-se a aurora
� muda e torva irm�,
Dormida de cansa�o,
L� vem tomar o espa�o
A virgem da manh�.
Uma por uma, v�o
As p�lidas estrelas,
E v�o, e v�o com elas
Teus sonhos, cora��o.
Mas tu, que o devaneio
Inspiras do poeta,
N�o v�s que a vaga inquieta
Abre-te o �mido seio?
Vai. Radioso e ardente,
Em breve o astro do dia,
Rompendo a n�voa fria,
Vir� do roxo oriente.
Dos �ntimos sonhares
Que a noite protegera,
De tanto que eu vertera.
Em l�grimas a pares.
Do amor silencioso.
M�stico, doce, puro,
Dos sonhos do futuro,
Da paz, do et�reo gozo,
De tudo nos desperta
Luz de importuno dia;
Do amor que tanto a enchia
Minha alma est� deserta.
A virgem da manh�
J� todo o c�u domina . . .
Espero-te, divina,
Espero-te, amanh�.
de Assis