AFRODITE - A DEUSA DO AMOR E DA BELEZA (I PARTE)

O Nascimento Do Mito Afrodite

Na rebeli�o dos deuses pelo poder, Cronos (Saturno), destronou o pai Urano (C�u), amputando-lhe os test�culos. Lan�ados ao mar, os �rg�os de Urano fecundaram mais uma vez, formando uma grande espuma. Dessa espuma, surgiu amparada numa grande concha de madrep�rola, Afrodite, a mais bela de todas as deusas.
Afrodite, a deusa do amor, � uma das mais poderosas divindades do Olimpo. Deuses e mortais est�o a ela submetidos, pois todos s�o suscet�veis � paix�o, e �s armadilhas do
desejo. Afrodite (V�nus em latim) � a deusa da paix�o, que pode amenizar o cora��o dos homens, ou faz�-los enlouquecer. � a sexualidade latente, deusa do s�men que reproduz a vida, do prazer que envolve o ato, do torpor que une os corpos.
Sendo a deusa mais bela do Olimpo, atraiu para si o desejo e a paix�o de todos os deuses, mas foi obrigada por Zeus (J�piter), a desposar Hefestos (Vulcano), o deus feio e coxo da forja e do ferro. Inconformada com o casamento, a deusa n�o deixou de viver a voluptuosidade impetuosa do seu ser. Traiu Hefestos com os mais belos deuses, sendo a sua paix�o com Ares (Marte), o deus da guerra, a mais famosa das suas lendas.
Afrodite � voluntariosa, amiga dos amantes, mas inimiga da sensatez. Representa a do�ura dos apaixonados, a languidez dos desejos, o id�lio da entrega dos corpos. Foi ela quem prometeu o amor da bela Helena ao pr�ncipe Paris, sem se importar com uma sangrenta guerra que devastou Tr�ia para que os amantes vivessem a paix�o prometida. O amor passional e a loucura est�o muitas vezes unidos no mesmo c�ntico de louvor � deusa. Podem juntos, destruir ou construir o mundo.
Sendo a mais bela de todas as deusas, Afrodite foi representada em diversas obras de arte gregas. Ela era considerada o ideal da beleza feminina na Gr�cia antiga. Apolo representava o ideal de beleza masculino. Os artistas esculpiam a deusa com tra�os humanos perfeitos, distanciando-na cada vez mais de uma representa��o divina. Em Roma foi assimilada V�nus, mantendo as suas principais caracter�sticas: deusa do amor, do sexo e da paix�o, sendo a mais bela de todas as divindades. Afrodite ou V�nus, a deusa teve o mito a inspirar artistas de todas as �pocas, quer na poesia, na pintura ou na escultura. Ainda hoje, Afrodite desperta o fasc�nio das pessoas, suas lendas s�o as mais difundidas da mitologia greco-romana, seu mito um dos mais explorados nas artes.

A Origem do Culto � Deusa

O culto a Afrodite tem as suas origens no oriente, entre as civiliza��es sem�ticas. Foi introduzida na Gr�cia pelos marinheiros e mercadores. Assim como a deusa oriental na qual foi inspirada, Afrodite era primitivamente a deusa do instinto sexual e da fecundidade, abrangendo n�o somente aos homens, mas a toda natureza. Era ela quem espalhava o elemento �mido, nos animais e humanos representados pelo s�men, e nos vegetais a chuva, que disseminava as sementes. As flores, as �rvores, os frutos, eram obras de Afrodite, que uniam Gaia (Terra) e Urano (C�u) na grande inspira��o da fecundidade.
Mais tarde, Afrodite teve as suas fun��es ampliadas, passando a ser a deusa do amor, sendo no in�cio protetora apenas do amor construtivo e honroso. A pureza dos sentimentos era muito preservada pelos gregos. O amor tinha que ser honroso, e Afrodite garantia a nobreza dos sentimentos. Com a evolu��o do mito, ela passou a simbolizar o amor passional, a paix�o desenfreada e nociva, a loucura dos sentimentos.
Deixou de ser apenas venerada pelas jovens puras, para ser a deusa das meretrizes. Muitas foram as meretrizes profissionais que se tornaram sacerdotisas da deusa, erigindo-lhe santu�rios.
A lenda relata que depois do nascimento no mar, Afrodite foi soprada suavemente pelo vento Z�firo, levada pelas ondas, desembarcando em sua concha na ilha de Citera, que atualmente corresponde ao rochedo vulc�nico chamado C�rico. Pouco mais tarde, partiu para a ilha de Chipre, onde as Horas estavam � sua espera. Elas vestiram a deusa com um traje imortal, adornando-lhe os cabelos longos com vistosas violetas. Depois de adornada pelas Horas, a deusa foi conduzida para o Olimpo, sendo apresentada na assembl�ia dos deuses.
Sua beleza impar foi aclamada pelos imortais, que jamais tinham visto t�o sedutora formosura.

((TEXTO DO GOOGLE))