AFRODITE _ A DEUSA DO AMOR E DA BELEZA
Os Amores de Afrodite ((II PARTE))
O mito de Afrodite � repleto de lendas que descrevem v�rios amores por ela vividos. Sendo a mais bela de todas as deusas, Afrodite suscitou as mais acirradas paix�es entre os ol�mpicos. Atraiu para si o amor de Hefestos, deus da forja e do fogo.
Hefestos era o mais feio dos deuses ol�mpicos, t�o feio que quando nasceu, a m�e Hera (Juno), atirou-o do alto do Olimpo, na queda, ficaria com um defeito na perna que o deixaria coxo. Mais tarde, Hefestos vingou-se de Hera, presenteando-lhe com um trono de ouro. Ao se sentar no trono, Hera tornou-se dele prisioneira. S� foi libertada quando Zeus, senhor dos deuses e marido de Hera, a pedido de Hefestos, deu Afrodite como sua esposa. A deusa protestou, mas teve que acatar a ordem do rei do Olimpo. Afrodite jamais honrou o marido. Passou a ter amantes constantes, entre eles Hermes (Merc�rio), o mensageiro do Olimpo, do qual teve Hermafrodito, que nasceu metade homem, metade mulher. Da paix�o que viveu com Dioniso (Baco), o deus do vinho, gerou Pr�apo, protetor dos bosques, jardins e vinhas, conhecido por seu falo avantajado e grande pujan�a sexual.
Afrodite amou o mortal Anquises, o que era pouco permitido aos homens, deitar-se com uma deusa. Do amor proibido, surgiria En�ias, personagem mitol�gico criado pelos romanos para justificar a origem divina de Roma. En�ias seria o �nico sobrevivente de Tr�ia, partindo para o L�cio, da sua descend�ncia viria os g�meos R�mulo e Remo, fundadores de Roma.
Uma das mais belas lendas do mito de Afrodite � a do seu amor pelo belo Ad�nis. O jovem teria sido criado pela deusa e por Pers�fone (Pros�rpina). Fascinadas com a beleza do mortal, as deusas disputaram o lugar em que ele viveria, no Hades, onde Pers�fone era rainha, ou na terra. A disputa chegou a Zeus, que determinou a Ad�nis que passasse quatro meses no Hades com Pers�fone, quatro meses com Afrodite e quatro meses onde bem o entendesse. Ad�nis era o jovem mais belo de toda a Gr�cia. Aprendeu com Afrodite a arte do amor, os segredos do corpo e do prazer. Um dia, a deusa descansava � sombra de uma �rvore, enquanto o amante ca�ava javalis. Atingiu um deles com uma flecha; mesmo ferido, o animal teve for�as para atacar e abater mortalmente o belo ca�ador. Ao ouvir os gritos de Ad�nis, Afrodite correu ao seu socorro. Mas chegou tarde demais, encontrando- j� sem vida. Abatida por uma dor infinita, a deusa recolheu algumas gotas do sangue do amado, regando com elas o ch�o. Do sangue de Ad�nis nasceu uma flor, a an�mona, de vida ef�mera, sendo a primeira a florir na primavera, renascendo a cada ano, a relembrar o amor perdido da deusa do amor. A lenda de Ad�nis est� ligada ao ciclo das esta��es. Representa a face primaveril da deusa, a import�ncia da esta��o na fecundidade da vida.
A Paix�o Avassaladora Entre Afrodite e Ares
Dos amores de Afrodite, a lenda mais famosa � do seu envolvimento com Ares, o deus da guerra. A lenda traz uma grande simbologia, o amor e a guerra juntos em um id�lio; a paix�o e o �dio; a beleza e a rudeza... Ares � descrito como um deus impetuosamente viril, despertando o desejo nas mulheres e nas deusas. Mas a sua brutalidade � maior do que qualquer afeto, a mulher que se recusasse a deitar com o deus era por ele violada. Apaixonado por Afrodite, o deus mudou o seu jeito brutal de amar. Aproximou-se da deusa com palavras ternas, ofereceu-lhe o corpo viril e perfeito. Cobriu-a dos mais belos ornamentos. Aos poucos, a amizade entre os deuses evoluiu em uma irresist�vel paix�o. Cegos pelo desejo, tornaram-se amantes fervorosos. Hefestos, o deus coxo, trabalhava a noite inteira na forja, para atender aos pedidos dos ol�mpicos e dos her�is gregos. Ares aproveitava-se daqueles momentos de labuta do irm�o, para visitar a sua bela esposa, Afrodite. No leito sensual da deusa do amor, o senhor da guerra era despido da sua armadura, entregando-se ao desejo e � paix�o. Enquanto Afrodite e Ares uniam os seus corpos, nenhuma guerra explodia pelo mundo, a paz reinava absoluta. Ao fim da noite, os amantes saciados, despediam-se, antes que Hefestos retornasse.
Por muito tempo, os deuses viveram aquela intensa paix�o. Para que n�o fossem surpreendidos, Ares levava sempre aos encontros o jovem Alectri�o, deixando-o de vig�lia enquanto amava a bela deusa do amor. Uma noite Alectri�o deixou-se adormecer. Ares e Afrodite entregavam-se voluptuosamente, quando H�lios (Sol), despontou o dia, surpreendendo os amantes. Indignado, H�lios procurou Hefestos e contou-lhe da trai��o da mulher. Na sua f�ria de marido tra�do, Hefestos deixou-se abater pela tristeza. J� recuperado, tra�ou um plano de vingan�a. Confeccionou uma rede invis�vel com fin�ssimos fios de ouro, t�o resistente que homem ou imortal n�o pudesse romp�-la. Sobre o leito da trai��o, o deus da forja armou a sua rede. Disse � esposa que se iria ausentar por alguns dias, partindo sem maiores explica��es. Pensando Hefestos ausente, os amantes encheram-se de felicidade. Viveriam uma noite de amor sem o medo da interrup��o. Movidos pela paix�o, deitaram-se felizes sobre o leito. S� deram pelo ardil minutos depois, quando se aperceberam prisioneiros da rede invis�vel. Naquele instante, Hefestos surgiu. Coberto pela c�lera, o deus gritou com a voz da sua dor, fazendo-se ouvir em todo o Olimpo. Todos os deuses vieram a testemunhar os amantes presos na rede. Hefestos estava disposto a deixar para sempre os amantes prisioneiros. Ap�s longa diplomacia, foi convencido por Apolo a solt�-los. Livre e envergonhada, Afrodite partiu para Chipre, sua ilha predileta. Ares foi para os campos de batalha da Tr�cia, para esquecer na guerra, as dores do amor findado. Da paix�o entre Ares e Afrodite nasceram quatro filhos: Cupido, entidade que personifica o desejo amoroso, sendo assimilado a Eros pelos romanos; Harmonia, a infeliz esposa de Cadmo; Deimos, o terror; e, Fobos, o medo. Os dois primeiros filhos simbolizam o elemento positivo no encontro entre o deus da guerra e a deusa do amor, sintetizada no mito de Afrodite; os outros dois relatam o elemento negativo do encontro, contido na impetuosidade brutal de Ares; Deimos � a for�a que aterroriza, e Fobos o medo vindo do terror, ambos s�o entidades malignas. Os filhos de Ares e Afrodite demonstram o equil�brio entre a beleza construtiva da paix�o e o aspecto violento da sua condu��o. Ares despe as armaduras e as armas ao deitar-se com Afrodite, mas a sua verdadeira natureza est� momentaneamente entorpecida pelos sortil�gios da deusa do amor. N�o h� vitoriosos no encontro, os filhos herdam as caracter�sticas verdadeiras dos progenitores.
((TEXTO DO GOOGLE))