POESIAS DE AMOR E VIDA
(1)
SINGULAR MULHER
Pelos jardins da vida
Com olhos errantes
Como fr�gil rosa vivi
Muitos cheiros exalei
Misteriosos aromas senti!
Pelos caminhos da lida
Em cada amanhecer
Muitas p�talas me dei
E em cada enluecer
Banhos com elas tomei!
Muitos ch�s com elas fiz
Ado�ados com ternura
Com cheiro de mulher madura
Sabor de vinho envelhecido
Levemente embriagador!
Hoje, rosa desabrochada
Ainda, p�talas a recolher
Ofere�o momentos �nicos
De uma singular Mulher
Que quer amar e ser amada!
Que o escolhido possa sentir
O sabor do sonhado prazer
Que o infinito ultrapassa
E como amor nunca passa
Dizendo da intensidade do Ser!
� Mari Cabral
(2)
ESTRADAS DA VIDA
Caminhos de �gua
Caminhos verdes
Caminhos de pedras
Caminhos de flores
Caminhos de espinhos!
Penso, paro e sento
� beira do caminho
Olhando para o alem
Rendida esperando
M�os entrela�adas
Para seguir caminhada
Da vida, as estradas...
Mari Cabral
(3)
...AO SABI�
Belo p�ssaro, o sabi�!
Dourado como o sol
Macio como o luar
Olhar observador
Distante, Sonhador...
Porte assim, simples
Mas imponente, sim
Fragilidade, s� aparente
Sempre a gorjear...
Belo p�ssaro, o sabi�!
Declamado pelos poetas
Como o p�ssaro do amor
Tem do desejo o sabor
Da primavera o odor...
E eu sempre a chamar
Pedindo para ele encontrar
Nas trilhas dos seus voares
O meu esperado amar...
Belo p�ssaro o sabi�!
Mari Cabral
(4)
A PUREZA DO PECADO
Eu n�o sou pura
Nem t�o pouco, pecadora
Sou apenas uma santa
Vestida pelo avesso...
De um momento de pecado
Sou fruto do amor, da pureza
Sou calma, sou meiga
Sou fera, sou toda amor...
Meu Ser pede a vida
Meus desejos s�o viscerais
Da sedu��o tenho as manhas
Conduzida pelo cora��o
Eu sou da pureza do pecado
A pura encarna��o!
Mari Cabral
(5)
(6)
DAN�A DO AMOR
Que saudades da dan�a
Que dan��vamos...
E dos ternos abra�os
Quando a noite surgia
Nos doces enla�os
Dos nossos bra�os!
Sufoc�vamos de beijos
Os sussurros eram gritos
Qua a vizinhan�a calava!
De tanto prazer, �amos
Na dan�a divina do Amor...
Para tudo recome�ar
Com o odor do amanhecer!
Mari Cabral
(7)
CHAMADO
Parece que os meus dias
Est�o sempre anoitecidos...
Todos os dias, e noites e dias
Em sil�ncio conto as estrelas
Amornando-me ao sol
Olhando a misteriosa lua
Esperando que o orvalho
Das madrugadas mal dormidas
Tome-me como �nica mulher
E cobrindo-me de afagos
Deixe-me deitar em seu colo
Aportar-me em seu firme solo
Falar de minhas queixas
Compartilhar os meus desejos
E fazer-me a sua particular gueixa...
Mari Cabral
(8)
DESEJO DE MENINA
De branco
Toda rubra
Cabisbaixa
Escondendo
Os olhos
De um olhar
Que parecia
Penetrar...
Ela n�o sabia
O que dizer!
Que fazer?...
Sentia este olhar
E um intenso fogo
A lhe queimar!
Mari Cabral
(9)
SEM VOC�
Eu, a mesma
Mesma casa
Mesma cama
Mesmo desejo
Mesmo amor
Mesmos sonhos...
S� tem de novo
Esta intensa dor
Sem teto, sem ch�o
Sem sonhos, sem voc�!
Mari Cabral
(10)
Esta M�sica
Esta m�sica cai
Como uma chuva
E me faz chorar!
Sinto-me como
Uma menina nua
T�o s�, t�o pedinte
T�o carente!...
Por que n�o vens
Encantado cavaleiro?
Descansar das cavalgadas
Deitando-te no meu colo
Tirando-me desta solid�o
Banhando-me em tua alma?
Pl�cida sob o infinito
Vestida de transparencias
Estarei sempre a esperar
O amor que n�o me destes
Deixando ecoar pelos ares
Os meus mais puros suspiros!
Mari Cabral
(11)
FOTO-GRAFIA
Te fotografei
Com um olhar
Com esta impress�o
Te gravei no cora��o
E desde ent�o
Ficaste tatuado
Em minha alma
Portanto, vens
Com asas de seda
Descansar macio
Sobre a leveza
De uma borboleta!
Mari Cabral
(12)
AMOR AO LUAR
Pela madrugada
A lua no c�u a dan�ar
Por um fatal acaso
Da vida um descaso
Nos reencontramos!
Por campos enluarados
Sem perguntas ou respostas
Corpos mornos a tremular
M�os dadas, sem se largar
N�s, perdidos viajantes
Por caminhos errantes
Fomos a procura da lua
No meu corpo de luar...
MaricabraL
(13)
CONTROVERSO
No meu mundo
Contro-verso
Nos meus versos
Vou desfilando
A minha alegoria...
Vou dizendo
Por um lado
Da minha agonia
Por outro
Da minha elegia...
MaricabraL
(14)
METADE DE MIM
Metade, quer gritar
Metade, quer calar
Metade, � encontro
Metade, desencontro
Metade, � verso
Metade, re-verso...
MaricabraL
(15)
SEM MEDIDAS
Abra�a-me
Beija-me...
Por que sempre
T�o comedido?!
Vem... Vem!
Toca-me
Sente-me!
Acaricia-me
Assim... Assim!
Toma-me de mim
E sob esta lua azul
Faz amor comigo
...Sem medidas!
Mari Cabral
(16)
DESEJO DO DESEJO
Fa�a do meu desejo
O teu �ntimo desejo
Entra em meus olhos
Desvenda meus segredos
Sente da minha boca
O orvalho da madrugada
Guarda em tuas v�sceras
Os arrepios de minha pele
Abriga em teu cora��o
A maciez de minha alma
Acolhe em teu corpo
O chamado de meus sentidos
E juntos descobriremos o amor!
Mari Ccabral
(17)
MARCADA
Toda colorida
Com o brilho
Dos cristais...
Buscando vida!
Esta � a alegoria
Que me restou
De uma passada alegria
Que da mesma s� ficou
O desejo de poder
R E C O M E � A R...
MaricabraL
(18)
DES-AMOR
Eu amava voc� e o amor
Que voc� n�o me dava!
O prazer com voc�
Que eu tanto desejava
Voc� me negava!
(Para voc� eu parecia
Que n�o existia!)
Voc� brincava fingindo
Dizendo me amar!
E o tempo foi pas-san-do...
At� que vi voc� partindo
Em prantos, mesmo sem querer
O seu amor j� me amava!
Com voc� aprendi a brincar...
Enquanto voc� pedia para ficar
Eu dizia n�o mais lhe amar!
Mari Cabral
(19)
Que Venha...
Este Amor desconhecido
No meu peito adormecido
Na minha alma, t�o esperado!
Que venha este amor
Arrancar este grito que sufoca
Este gemido que me despoja!
Que venha trazer-me vida
Jamais, uma despedida!
Mari Cabral
(20)
BANHO DE LUAR
� este teu olhar
Que fica descuidado
Pelo meu corpo
A passear...
Deixa-me mergulhar
Neste teu olhar!
Vens, ent�o, viajar
Pelos caminhos
Da minha pele
Molhada do orvalho
Da triste madrugada
E beijas a branca lua
Que est� a te esperar!
Mari Cabral
(21)
AOS POUCOS
Porque, assim
De pouquinho
Em pouquinho
Eu chego l�
Tu chegas c�
E serei tua
E ser�s meu
Assim...
Aos poucos!
Mari Cabral
(22)
E C O S...
Colorido
Furta-Cor
Brilho
De cristal
Busca
A vida...
Esta �
A alegoria
De uma a��o
de Come�ar
De novo
Com alegria...
MaricabraL
(23)
DES-AMOR