Meus Poemas
Meus poemas v�o sendo largados
na beira das estradas onde passo,
ao luar do sonho, �s flores comuns
das estradas desertas, das pedras
esculpidas pelas maresias,
ao campo que se alonga at� o mar.
Talvez eu tenha dado os passos certos,
talvez encontre em cada um deles,
a estrada do sonho, os momentos que vivi.
Talvez recupere nas curvas do caminho,
velhos poemas que se perderam na poeira,
em amareladas folhas rasgadas.
Talvez encontre em meio �s flores,
os poemas que fiz e n�o deixei nascer,
poemas imaginados que nunca ganharam corpo,
numa estrada inventada para atravessar o tempo.
Poemas abandonados, poemas espalhados,
na estrada da imagina��o, onde ningu�m pisa,
poemas passageiros desta longa viagem,
abandonados versos, lembran�as escritas,
de quem um dia pretendeu ser poetisa.
S�nia Schmorantz