Luis Vaz de Cam�es
Aquela que, de pura castidade
Aquela que, de pura castidade,
de si mesma tomou cruel vingan�a
por �a breve e s�bita mudan�a
contr�ria � sua honra e qualidade,
venceu � fermosura a honestidade,
venceu no fim da vida a esperan�a,
por que ficasse viva tal lembran�a,
tal amor, tanta f�, tanta verdade.
De si, da gente e do mundo esquecida,
feriu com duro ferro o brando peito,
banhando em sangue a for�a do tirano.
Estranha ousadia! estranho feito!
Que, dando breve morte ao corpo humano,
tenha sua mem�ria larga vida!