AS BRUXAS
AS que dizem mal de um amor que n�o � delas,
BRUXAS cujas faces se afiguram singelas,
DAN�AM nos seus pedestais de vidas vazias,
DE exalta��es breves entre farsas sombrias.
RODA o ponteiro das horas quase ao contr�rio,
ENTRE maus-olhados de precedente v�rio,
O tempo confunde-se com um turvo pranto,
VISCO, lodo vindo do mais cavernoso antro.
DOS bra�os as bruxas abanicam os ossos,
MORCEGOS voando entre suspiros finais,
DAN�AM, absurdas, nos seus pedestais.
DE olhos no horizonte, acompanhando-lhe os olhos,
RODA em esquel�tica valsa a bruxa-chefe,
RASPANDO mas jamais colhendo o amor que segue.