QUE AS PALAVRAS N�O SABEM
A minha voz n�o te alcan�a
Mas o meu poema beija os teus olhos
Em versos tristes
Mas n�o s�o tristes pela tristeza
E sim pela imprecis�o
Dos sentimentos e sentidos
Que as palavras agora n�o sabem
Traduzir ou trazer a tona
H� um eco em todos os poemas
Desde o primeiro poema escrito no planeta
Que talvez tenha sido escrito
Em pedras, nas paredes de uma caverna
Ou nas areias de uma praia
Levadas pelo mar
Permanece vivo em n�s
O mesmo sentimento
Do primeiro poeta do mundo
E a mesma emo��o desperdi�ada
Da primeira poesia da hist�ria
Que de alguma forma
Permanece desperta em nossa mem�ria
Talvez o homem
Seja um poema de Deus
E como todo poema do mundo
N�o obede�a ao poeta
E mesmo assim o criador ama
Com todas suas for�as sua cria��o
Os teus olhos n�o me alcan�am
Mais a minha poesia se faz presente
Em seu cora��o
Em alguns casos a poesia
Torna-se maior que o poeta
Ele sempre ganha no fim.