O jovem e doente jesu�ta havia j� professado seus votos de pobreza, castidade e obedi�ncia perp�tuas e naquelas terras, tomava consci�ncia de que era finalmente um mission�rio. Em menos de um ano, dominava o tupi com perfei��o.
Tendo assimilado perfeitamente as tradi��es e valores locais, ensinava os preceitos crist�os utilizando celebra��es musicadas ao ritmo de tambores, em aulas ao ar livre. Educava e catequizava; defendia os ind�genas dos abusos dos colonizadores portugueses.
A p� ou de barco, Anchieta viajou pelo Pa�s inaugurando miss�es e dando aulas de catequese, gram�tica e conhecimentos gerais aos �ndios, colonos e por vezes, at� padres.
Das m�os de Pe. Manoel da N�brega, o jovem novi�o, poucos meses depois da chegada, recebeu a incumb�ncia de fundar um col�gio no planalto, com o objetivo de expandir a miss�o mais adentro da selva. Anchieta logo partiu juntamente com outros companheiros jesu�tas. No dia 25 de janeiro de 1554, festa lit�rgica da convers�o do ap�stolo S�o Paulo, os jesu�tas celebraram pela primeira vez a Eucaristia no chamado Planalto de Piratininga. O novo col�gio foi dedicado ao Ap�stolo dos Gentios. E S�o Paulo se tornou uma das maiores cidades do mundo.
Os 44 anos em que Anchieta viveu no Brasil foram repletos de dificuldades. Come�ando pela enfermidade, sua miss�o implicou em in�meros riscos de morte. Uma das situa��es mais arriscadas da vida de Anchieta foi o ex�lio que viveu em Iperoig, atual cidade de Ubatuba. Em maio de 1563, com o apoio dos franceses, a tribo dos Tamoios se rebelou contra a coloniza��o portuguesa. O jovem mission�rio se ofereceu como ref�m enquanto seu superior, Pe. Manoel da N�brega, partiu para S�o Vicente, para negociar um ut�pico, mas alcan�ado tratado de paz. Naquele lugar, o ap�stolo, aos 29 anos de idade, experimentou um dos momentos mais dif�ceis de sua exist�ncia. Durante seu cativeiro na praia, recebia frequentes amea�as de morte e tenta��es contra a castidade; era comum aos �ndios oferecerem mulheres aos prisioneiros, antes de sua morte. Naquele momento de imensa solid�o, o jesu�ta fez uma promessa a Nossa Senhora: escreveria o mais belo poema j� feito em sua homenagem se conseguisse sair casto do cativeiro. Como prova da f�, come�ou a escrever os versos na areia da praia e assim surgiu o �Poema � Virgem�, em que relata a hist�ria da M�e de Deus. Ap�s cinco meses de confinamento, Anchieta foi libertado. Sem ter cedido � tenta��o.
"Virgem Maria, M�e de Deus e nossa M�e,
ao vosso Cora��o Imaculado nos consagramos,
em ato de entrega total ao Senhor.
Por V�s seremos levados a Cristo.
Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai.
Caminharemos � luz da f� e faremos tudo
para que o mundo creia que Jesus Cristo
� o Enviado do Pai.
Com Ele queremos levar o Amor e a Salva��o at�
aos confins do mundo.
Sob a prote��o do vosso Cora��o Imaculado
seremos um s� povo com Cristo.
Seremos testemunhas da Sua ressurrei��o.
Por Ele seremos levados ao Pai, para gl�ria da
Sant�ssima Trindade, a Quem adoramos,
louvamos e bendizemos.
Am�m."
� CONSAGRA��O AO IMACULADO CORA��O DE MARIA
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