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✧ ʀɛiɳɑ_ɛɱ_ɱiɱ ✧




Em ora��o

Na v�spera da partida do Senhor, no rumo de S�don, o culto do Evangelho, na resid�ncia de Pedro, revestiu-se de justific�vel melancolia. As atividades do estudo edificante prosseguiriam, mas o trabalho da revela��o, de algum modo, experimentaria interrup��o natural.

A leitura de comoventes p�ginas de Isa�as foi levada a efeito por Mateus, com vis�vel emotividade; entretanto, nessa noite de despedidas, ningu�m formulou qualquer indaga��o.

Intraduz�vel expectativa pairava no semblante de todos.

O Mestre, por si, absteve-se de qualquer coment�rio, mas, ao t�rmino da reuni�o, levantou os olhos l�cidos para o C�u e Suplicou fervorosamente:

� Pai, acende a Tua Divina Luz em torno de todos aqueles que Te olvidaram a b�n��o, nas sombras da caminhada terrestre.
Ampara os que se esqueceram de repartir o p�o que lhes sobra na mesa farta.
Ajuda aos que n�o se envergonham de ostentar felicidade, ao lado da mis�ria e do infort�nio.
Socorre os que se n�o lembram de agradecer aos benfeitores.
Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos do v�cio, transmitindo heran�a dolorosa aos que iniciam a jornada humana.
Levanta os que olvidaram a obriga��o de servi�o ao pr�ximo.
Apieda-te do s�bio que ocultou a intelig�ncia entre as quatro paredes do para�so dom�stico.
Desperta os que sonham com o dom�nio do mundo, desconhecendo que a exist�ncia na carne � simples minuto entre o ber�o e o t�mulo, � frente da Eternidade.
Ergue os que ca�ram vencidos pelo excesso de conforto material.
Corrige os que espalham a tristeza e o pessimismo entre os semelhantes.
Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacifica��o e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.
Interv�m a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e sup�em loucamente absorver-te o ju�zo, condenando os pr�prios irm�os.
Acorda as almas distra�das que envenenam o caminho dos outros com a agress�o espiritual dos gestos intempestivos.
Estende paternas m�os a todos os que olvidaram a senten�a de morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo prec�rio.
Esclarece os que se perderam nas trevas do �dio e da vingan�a, da ambi��o transviada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres, quando n�o passam de escravos, dignos de compaix�o, diante de teus sublimes des�gnios.

Eles todos, Pai, s�o delinq�entes que escapam aos tribunais da Terra, mas est�o assinalados por Tua Justi�a Soberana e Perfeita, por delitos de esquecimento, perante o Infinito Bem...

A essa altura, interrompeu-se a rogativa singular.

Quase todos os presentes, inclusive o pr�prio Mestre, mostravam l�grimas nos olhos e, no alto, a Lua radiosa, em plenil�nio divino, fazendo incidir seus raios sobre a modesta vivenda de Sim�o, parecia clamar sem palavras que muitos homens poderiam viver esquecidos do Supremo Senhor; entretanto, o Pai de Infinita Bondade e de Perfeita Justi�a, amoroso e reto, continuaria velando...













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