Paisagen Mexicana
Passei pela terra seca,
sem �rvore e sem arroio,
com suas casas ca�das,
sua pena sem socorro.
O que avistei de mais vivo
foi o cemit�rio plano
onde uma �ndia cor da terra
de joelhos ia chorando.
A ag�inha de sua l�grima
t�o cansada vinha andando
como se arrastara s�culos
essa carreta de pranto.
Ali no meio do mundo,
toda para o c�u voltada,
�nica fonte na areia,
sozinha, a mulher chorava.
Talvez perguntasse aos santos:
"Por que se morre?" e sentisse
que do c�u lhe perguntavam
tamb�m: "Para que se vive?"
Cecilia Meireles