N � U F R A G O
Como um n�ufrago, perdido entre
as paredes invis�veis da quietude do mar,
aqui estou, penando as duras e terr�veis
mazelas da minha insignific�ncia.
Quem sou eu, afinal, que grito no vazio
do infinito e nem meu pr�prio eco escuto?
A imensid�o do mar
� minha �nica companhia.
Quem sou, afinal, que corro pra l�
e pra c� em busca do nada?
O nada hoje � minha vida!
Minha �nica alegria!
Busco em sortil�gios algo que
fa�a reencontrar-me.
Mas, na vastid�o dos espa�os,
n�o encontro o meu, ao menos um,
onde possa recostar o corpo
cansado da luta travada em mim.
Em meio a sofismas pr�prios,
caminho em dire��o ao meu eu,
que, inerte, n�o encontra respostas!
Naufr�gio.
Perdido na minha ilha
de dor, saudade e solid�o.
Onde estou? Quem sou?
Estou s�, perdido e vazio.
Sem dire��o! Sem rumo!
Sem amor!
_Marco Motta_