O amor � uma flor delicada
� Let�cia Thompson
N�o existem conquistas definitivas, salvo para aqueles que nos deixam no auge do apego. A� sim, as pessoas ficam irreversivelmente gravadas dentro do nosso cora��o e n�s no delas.
Se n�o podemos explicar os porqu�s das chamadas de um cora��o, podemos, portanto, compreender a import�ncia do exerc�cio di�rio, na manuten��o dos sentimentos do outro. Ningu�m pertence a ningu�m, as pessoas doam-se e acolhem-se.
O amor � uma flor muito delicada, mesmo se vestida de grandiosas e maravilhosas formas.
O amor � uma flor singela, fr�gil e bela e � preciso receb�-lo com m�os ternas, como se sua vida dependesse de nossa acolhida.
Frequentemente somos meio desajeitados quando se trata de amor. Descuidamos dos pequenos gestos que o nutrem, deixamos que a terra seque-se, substitu�mos aten��es emocionais por outras que, mesmo importantes, n�o s�o suficientes ao mantimento para a durabilidade do amor.
O amor nutre-se de carinhos e car�cias. Sacia-se no abra�o, cresce no beijo. Fortalece-se nos momentos a dois.
Achamos tempo para tanta coisa e nos dedicamos pouco a estar com o outro.
Pessoas �s vezes que se amam muito afastam-se por falta de cuidado de ambas as partes. Os quereres confundem-se.
Homens e mulheres s�o diferentes, isso � certo! Mas deve haver esse meio caminho onde as m�os acabam se encontrando, onde os dedos se entrela�am e os desejos fundem-se numa mesma coisa.
Ningu�m conhece a verdadeira dor de perder antes de ter perdido de verdade. � depois, bem depois, que olhamos para tr�s e nos dizemos que ter�amos vivido bem mais intensamente se tiv�ssemos carregado essa delicada flor bem mais pertinho do nosso cora��o.