COLE��O: PANORAMA HIST�RICO NACIONAL: A ARTE NO AUGE DO IMP�RIO (o Romantismo - prosa) - VOL.04
A primeira metade do s�culo XIX foi de extrema instabilidade pol�tica: em 1808 chega � fam�lia real portuguesa e, como conseq��ncia disso, o pa�s, em 1815, � elevada � condi��o de reino Unido. Em 1821 o rei volta a Portugal, deixando em seu lugar o filho, que proclama a independ�ncia em 1822. D. Pedro I, o primeiro imperador do Brasil livre, reina contra oposi��es liberais que o fazem renunciar em 1831. Sendo D. Pedro II menor de idade, o Brasil passa pelo per�odo de reg�ncia, que se estende at� 1840, quando ent�o � declarado maior. Os primeiros anos do segundo Reinado foram palcos de revoltas republicanas, instigadas tamb�m pelos movimentos liberais que haviam atingido a Fran�a, os imp�rios da Europa Central e os reinos da It�lia.
As artes pl�sticas desse per�odo se desenvolvem sob patroc�nio do estado mon�rquico, da Corte e dos ?bar�es do caf�?. Como conseq��ncia desse mecenato, a pintura, se dedicou a temas �picos que louvavam os fatos e personagens pol�ticos. O nacionalismo, fomentado desde os tempos coloniais, orienta a tem�tica na busca de origens raciais, � moda europ�ia. � a hora e a vez do nosso ind�gena, representado por composi��es e obras liter�rias que exaltam, num impulso rom�ntico, sua imagem de pureza, bons sentimentos e hero�smo, tend�ncia que encobre a contribui��o racial africana e posterga a solu��o do conflito gerado pela escravid�o. A elite encomenda retratos, que enfeitam as salas das mans�es, e algumas cenas-de- costume, que mostram a comodidade rom�ntica dos interesses dom�sticos burgueses. Al�m desses temas h� espa�o para cenas b�blicas t�picas do neoclassicismo.