O SEMEAR DO AMOR
Nunca � por demais tarde.
Jamais o tempo faz-se ausente
Que nesse momento cesse o grito
O lamento que invadiu
Destruindo a melhor parte do que na alma existia
Apanhados de sonhos somados, idealizados
Transformados em belas e coloridas flores
Guardadas, armazenadas, enfeitadas
Delicada e esmeradamente
Em lindas cestas, bouquet e ramalhetes
Flores colhidas nos jardins suspensos
Da proje��o mental de um amor imaginado, imortal!
Todavia, em oposi��o � eternidade
As esta��es passaram e do calor a fertilidade
O clima tornou-se seco e �rido
A beleza, o brilho e as cores das flores
Inexoravelmente, findaram.
Se foram incitados ou por descuido, facilitados,
J� n�o mais importa.
Qui��, del�rios procrastinados da raz�o.
Entretanto, sempre existe tempo para que a exist�ncia
Ensine o semear, em outros jardins, com exatid�o.
�Siomara Reis Teixeira
Curitiba, 20 de abril de 2008.
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