Vendo o poeta a me observar,
em meu toucador, onde um ret�ngulo
iluminado da janela, que projetara minha sombra,
desce sobre mim como magia feita...
Eu, de l�bios entreabertos,
tento desafogar aquele
girar de horas que fugia...
Na sala fantasmas de um passado
recente...
Pergunta-me o poeta -
o que pensas?
Silencio...
E a luz bruxuleia tr�mula
sob meus olhos, escuras se fazem
as lembran�as...
Uma l�grima teimosa, incontrol�vel
cai sobre a folha que escrevo...
O que guardo?
O que escondo?
Nada!!!
Tudo � c�ntico...
Tudo � nossa poesia!
(T�nia Bernardes)
→.●๋♫ ک�l ♫●.←